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Moody’s: Novo Banco em mãos privadas seria "positivo" para Portugal (act.)

A agência de notação financeira defende que a entrada de liquidez proporcionada pela venda da instituição beneficiaria positivamente a dívida pública do país.

Bruno Simão
02 de Março de 2016 às 11:54
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O Governo deveria avançar com a venda do Novo Banco, defende a Moody’s. É que a entrada de liquidez seria positiva para a dívida pública portuguesa. Isto numa altura em que o sector beneficia do crescimento da economia, mas tem ainda níveis de capital relativamente fracos.

 

"A liquidez que foi injectada no Novo Banco já está contabilizada nas contas do Estado", relembra Kathrin Muehlbronner, numa apresentação aos investidores que decorreu esta quarta-feira, 2 de Março, em Lisboa. Contudo, a vice-presidente sénior da Moody's e responsável pela notação financeira para Portugal salienta que a perspectiva é que venha a ser privatizado.

 

A responsável da agência de notação financeira revela que "a expectativa base é que o Novo Banco regressará a mãos privadas". Algo que defende, até porque a entrada de liquidez nos cofres do Estado "será positiva para a dívida soberana".

 

Por agora, a perspectiva da Moody’s para o sector financeiro em Portugal é "estável". Maria Cabanyes relembra que foi revisto em alta de "negativo", classificação inicialmente atribuída em 2008. Uma melhoria que, diz a vice-presidente sénior da Moody’s e responsável pela análise ao sector bancário, é explicada por uma diminuição dos "riscos negativos".

 

"A economia começou a crescer", aponta a especialista. Mas Maria Cabanyes atira que "este crescimento não será suficiente para mudar drasticamente o cenário dos bancos". Relembra que o sector financeiro é ainda afectado pela "elevada alavancagem do sector privado". Além disso, explica, "os níveis de capital dos bancos portugueses (...) estão muito pior face aos de outros países da Zona Euro".

 

E é peremptória quanto a uma possível solução para o sector financeiro: "Uma fusão ou uma consolidação nem sempre é a solução para os problemas do sector". Maria Cabanyes dá o exemplo de Espanha, onde os movimentos de consolidação, defende, não resultaram necessariamente em bancos melhores.

(notícia actualizada às 12:04 com mais informação)

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