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Maria Luís Albuquerque: Situação na Grécia "é grave" e está a tornar-se "mais dramática"

"O tempo escasseia" para a Grécia, com a situação a tornar-se cada vez "mais dramática" com o passar dos dias, afirmou Maria Luís Albuquerque. A ministra das Finanças portuguesa diz que o ambiente que se vive no Eurogrupo é de frustração.

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18 de Junho de 2015 às 20:24
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"Para que a discussão possa prosseguir é preciso que a Grécia apresente propostas concretas", afirmou Maria Luís Albuquerque na conferência de imprensa que se seguiu ao Eurogrupo.

 

A ministra das Finanças portuguesa disse ter sido hoje "reconhecido que a situação é grave, que já passou muito tempo." Constatou-se que "estamos próximos do limite do prazo para haver acordo. A situação agrava-se e torna-se mais dramática" a cada dia que passa.

 

Maria Luís Albuquerque rejeita que esta análise "seja um ultimato", tratando-se apenas de uma constatação de que "o tempo escasseia."

 

Na reunião desta quinta-feira, 18 de Junho, dos ministros das Finanças da Zona Euro o "tom foi de preocupação. E do lado das instituições, e dos membros do Eurogrupo, consideramos que a bola continua do lado da Grécia." E "continuamos disponíveis para, a qualquer altura", discutirmos, desde que haja propostas credíveis da Grécia.

 

Questionada sobre qual o tom que se observou no Eurogrupo, a ministra disse: "O tom é mais de frustração e desalento do que de irritação. Mas é a minha interpretação."

 

Sobre se ainda é possível chegar-se a um acordo a tempo da Grécia receber a última tranche da ajuda internacional, no valor de 7,2 mil milhões de euros, de forma a Atenas poder reembolsar o FMI em cerca de 1,6 mil milhões no dia 30 de Junho, a ministra disse "não".

 

"O desembolso [da última tranche] depende de haver um acordo que possa ser validado. Neste momento, a constatação é que já não seria possível" que este desembolso fosse feito até "dia 30 de Junho." Contudo, "estou convencida de que se houvesse um acordo muito rapidamente, encontraríamos uma solução" para esta situação.

 

Em relação a um cenário de saída da Grécia da Zona Euro, Maria Luís Albuquerque disse: "Continuamos muito empenhados em evitar que esse cenário se possa materializar."

 

"O cenário [de saída da Grécia do euro] tem imensas incertezas e riscos. Não houve qualquer discussão de plano B. Os bancos centrais estão a acompanhar a situação. Aquilo que nos parece importante é que a área do euro e o euro têm de sair reforçados" em termos de solidez e reputação, sublinhou. É preciso "proteger a área do euro como um todo", salientou.

 

No que respeita ao impacto de uma saída da Grécia do euro em Portugal, Maria Luís Albuquerque reiterou que "temos os cofres cheios. É certo que é dívida, mas é essa almofada que nos permite enfrentar com tranquilidade algum evento. O financiamento do Estado português está assegurado por algum período."

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