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Passos Coelho defende resposta comum da Europa a "Grexit"

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu em entrevista à agência Reuters que a Europa deve dar uma resposta comum ao chamado “Grexit”, a possibilidade de o país deixar a Zona Euro caso não chegue a acordo com os credores.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Junho de 2015 às 14:58
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Os líderes europeus precisam de preparar uma resposta comum para a possibilidade de a Grécia abandonar o euro, estando agora mais bem preparados do que no auge da crise da dívida, afirmou Passos Coelho.

 

Países como Portugal e a Irlanda, que concluíram programas de ajustamento, estão agora numa posição mais forte, defendeu Passos Coelho durante a entrevista, antes da cimeira europeia de líderes na segunda-feira em que poderá decidir-se o futuro da Grécia.

 

"Seria impensável se, na área da moeda única, não houvesse uma resposta conjunta a esta situação … é preciso (uma resposta comum) preparada pelos bancos centrais e pelo Banco Central Europeu", disse Pedro Passos Coelho.

 

A agência sublinha que o primeiro-ministro português não especificou como deverá ser essa resposta.

As discussões no auge da crise da dívida focaram-se na forma de defender os outros países da zona euro de contágio, mas a questão hoje "não é algo que ponha o euro em risco ou afecte países como a Irlanda, Portugal, Espanha ou mesmo a Itália", afirmou.

 

A Reuters recorda que Portugal foi o terceiro país a ser resgatado pelos parceiros da Zona Euro, completando um programa de três anos de assistência financeira no ano passado.

 

"A almofada de liquidez que foi construída pelo Tesouro português, coloca-nos numa situação em que não há risco para qualquer pagamento que tenhamos de fazer até meados de 2016", acrescentou.

"A minha convicção é que a Zona Euro hoje, globalmente, tem mecanismos mais fortes para poder ajudar todos os países na Zona Euro numa situação como esta", declarou.

 

Passos Coelho disse que a situação na Grécia se deteriorou rapidamente, sem mudanças reais desde que começaram as negociações com os credores, há quatro meses, sob a alçada do novo governo grego.

A Grécia está perto do final do prazo para pagar um reembolso de 1,6 mil milhões de euros ao FMI, o que deverá fazer em menos de duas semanas. Até agora, Atenas tem recusado as exigências dos credores para mais reformas e cortes orçamentais.

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