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Grécia: Jerónimo de Sousa diz que processo mostrou a verdadeira face da União Europeia

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este domingo que a situação da Grécia revelou a "verdadeira face da União Europeia" (UE), a qual, acusou, quer "vergar e humilhar" o povo grego.

21 de Junho de 2015 às 20:11
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"O problema de fundo é que um povo que tem sido profundamente fustigado pelas políticas de sacrifício e cortes (nas pensões, nos salários e nos direitos) conheceu a verdadeira face da UE, essa UE que dizem ser de coesão económica e social, mas que procura fundamentalmente vergar um povo, humilhá-lo", afirmou.

 

Jerónimo de Sousa falava na Covilhã, durante a festa-comício de apresentação da candidata da CDU pelo distrito de Castelo Branco às próximas eleições legislativas.

 

Em declarações às jornalistas e também durante a intervenção dirigida aos presentes, o líder do PCP reafirmou que a questão da Grécia está a ficar marcada por "um processo de chantagem e humilhação", que não respeita a soberania do povo grego.

 

"Hoje o que verificamos é que esta UE está determinada a servir os interesses do grande capital económico e financeiro, que é dirigido por um directório de potências que quer obrigar povos e países a vergarem, a abdicarem da sua independência, a abdicarem da sua soberania, a comerem e a calarem, a humilharem-se, a ajoelharem: este é o sentido daquilo que está a passar na Grécia", reiterou. Segundo o responsável, isto revela "a mentira" que é a Europa da coesão económica e social.

 

Sem querer fazer juízos de valor sobre o governo Grego, o secretário-geral comunista acrescentou ainda que se deve "solidariedade" ao povo grego.

 

Ressalvando as diferenças em relação a Portugal, também voltou a defender a necessidade de que Portugal se prepara para uma eventual saída do euro e sublinhou que não entende a recusa relativa à proposta do PCP para que se estude esse cenário.

 

A menos de duas semanas de expirar o programa de resgate à Grécia e da data limite para o país pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, ambos a 30 de Junho, o Eurogrupo desta quinta-feira foi incapaz de chegar a um acordo que permita libertar fundos para Atenas e a situação está já num ponto em que começam a ser admitidos todos os cenários.

 

Nesse sentido, foram convocadas para segunda-feira uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da zona euro e uma reunião extraordinária do Eurogrupo. O fim-de-semana foi marcado por reuniões técnicas de ambas as partes - Atenas e dos credores internacionais - e da parte do Governo liderado por Alexis Tsipras foi divulgado que foi apresentado um novo conjunto de propostas, tendo em vista "um acordo benéfico mútuo".

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