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Maria Luís Albuquerque espera "acordo tão cedo quanto possível" com a Grécia

A ministra portuguesa das Finanças garante que o Eurogrupo decorreu de forma normal e disse esperar que possa ser alcançado "tão cedo quanto possível" um acordo entre as instituições credoras e a Grécia. Segundo Maria Luís, esta segunda-feira não foram discutidos detalhes, tendo sido feito apenas um ponto de situação das conversações.

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11 de Maio de 2015 às 19:57
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Já se sabia que no final do Eurogrupo realizado esta segunda-feira, 11 de Maio, em Bruxelas, não haveria ainda um acordo final entre os credores e a Grécia. No entanto, nem mesmo os propalados avanços previstos para a reunião de hoje dos ministros das Finanças da Zona Euro foram alcançados, dado que "não houve nenhuma discussão de substância sobre as áreas em que o governo grego esta disposto a ir mais longe".

 

A garantia foi deixada por Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, na habitual conferência de imprensa que se segue à conclusão dos trabalhos do Eurogrupo. A governante adiantou que "não houve qualquer discussão de detalhe, apenas um ponto de situação das negociações" que prosseguem entre Atenas e os parceiros.

 

Afirmou, porém, esperar que "haja um acordo, tão cedo quanto possível, e a convocatória de um Eurogrupo extraordinário para assinar um acordo com a Grécia", situação que seria "certamente uma boa notícia". A ideia que, de forma generalizada, foi transmitida pelos responsáveis políticos presentes em Bruxelas é a de que são necessários esforços adicionais para se atingir um acordo abrangente.

 

Em relação à forma como hoje haviam decorrido os trabalhos, depois das críticas generalizadas feitas a Yanis Varoufakis, ministro grego das Finanças, depois do Eurogrupo extraordinário realizado há poucas semanas em Riga, Maria Luís Albuquerque limitou-se a dizer que se tratou de um encontro normal, assegurando que "o ambiente em Riga foi menos tenso do que aquele reportado na comunicação social".

 

Tendo em conta que processo negocial entre as partes se arrasta desde Fevereiro, altura em que ficou definida a necessidade de se alcançar um acordo final abrangente sobre as reformas que Atenas teria de implementar para poder ter acesso à tranche de 7,2 mil milhões de euros do resgate grego que continua cativa, Maria Luís admitiu que entre os temas tratados estiveram "as reformas e os objectivos orçamentais para este ano e o próximo em particular".

 

De acordo com o programa de assistência grego, a Grécia teria de obter um saldo orçamental primário positivo de 3%, mas estará, segundo as previsões, a caminho de um saldo de apenas 1,5%. A diferença de visões, hoje realçada por Varoufakis, entre as autoridades helénicas e os credores sobre o perfil e abrangência das reformas que a Grécia tem de aplicar tem impedido a concretização de um acordo.

 

"A alternativa de não se encontrar uma solução é seguramente pior para todos", realçou Maria Luís. Já sobre a possibilidade de a Grécia estar na iminência de ter os cofres vazios, especialmente depois de hoje ter sido anunciado o pagamento de quase 770 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a governante portuguesa disse somente que "não foi difundida nenhuma informação sobre essa matéria". 

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