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Grécia aceita aumentar IVA dos hotéis e congelar pensões

O Governo grego pretende implementar medidas com um impacto orçamental de 980 milhões de euros, menos de metade do exigido pela troika, que identifica um "buraco" de 2,6 mil milhões de euros no orçamento do próximo ano.

Bloomberg
Negócios 02 de Dezembro de 2014 às 09:51
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Aumentar o IVA dos hotéis de 6,5% para 13% e manter as pensões congeladas em 2016 e 2017 são as propostas que o Governo grego pretende implementar para chegar a acordo com a troika.

 

A subida do IVA gera receitas de 350 milhões de euros e o congelamento de pensões mais 190 milhões de euros, sendo que pacote de medidas que o Governo helénico enviou para a troika está avaliado em 980 milhões de euros.

 

De acordo com o jornal grego Kathimerini, os responsáveis da troika ainda não responderam a Atenas, mas adivinha-se uma resposta negativa, já que está identificado um buraco de 2,6 mil milhões de euros nas contas públicas do próximo ano. Além deste pacote de medidas, o Governo grego compromete-se a tomar mais medidas em Julho de 2015, se a execução orçamental não decorrer como o previsto.

 

As negociações entre a troika e Atenas decorreram em Paris e não surtiram efeito, tendo agora o Governo de Samaras

O País não pode e não vai introduzir novas medidas de austeridade.
 
Evangelos Venizelos
PASOK

apresentado esta proposta de agravamento de impostos aos hotéis, que já foi classificada de "suicídio" para o turismo do país, pelos responsáveis do sector.

 

Em declarações ao jornal grego, um responsável do Governo de Samaras diz que foi feito um compromisso assinalável por parte de Atenas face ao que era exigido pela troika. "Vamos ver se eles querem mesmo um acordo", afirmou esta fonte não identificada.

 

O ministro das Finanças, Gikas Hardouvelis (na foto), afirmou ontem que as negociações entre as duas partes estavam a ser duras, que Atenas iria resistir, de modo a evitar "um regresso à incerteza".

 

O ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, assinalou que a Grécia não pode regressar aos dias de anúncios de medidas dolorosas. "O País não pode e não vai introduzir novas medidas de austeridade", assegurou o responsável do PASOK, que integra o Governo.

 

Caso a Grécia e a troika não cheguem a um acordo nos próximos dias, o país sujeita-se a ficar sem qualquer apoio financeiro nos mercados internacionais. A 8 de Dezembro, os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se em Bruxelas para decidir o futuro da Grécia a partir de 1 de Janeiro (dia em que termina o programa de ajuda externa). O encontro deverá servir para aprovar um programa cautelar após o final do programa de ajustamento. Um cenário diferente em relação a Irlanda e Portugal, que saíram do programa da troika sem o recurso a uma linha de crédito adicional.

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