A Confederação grega das Câmaras de Comércio e Indústria diz que o país está a viver uma "sangria" de postos de trabalho e de potencial de crescimento desde que se instalou o impasse entre Atenas e a troika. A sua conclusão assenta em cálculos indicando que, desde o início deste ano, diariamente encerram em média 59 empresas no país, são eliminados 613 postos de trabalho e a economia perde 22,3 milhões de euros.

Com estes dados, a confederação instou o Governo a firmar rapidamente um acordo com as instituições credoras (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).

Num documento intitulado "Radiografia do mercado através de números da economia grega", a confederação sustenta que um acordo com as instituições, mesmo que fique abaixo das expectativas, daria à economia um impulso necessário para poder funcionar nos meses que restam de 2015. O mercado está em ponto morto e as injecções de liquidez não permitem reanimá-lo, refere o estudo.

Ainda de acordo com a mesma fonte, 95% dos pedidos de crédito são rejeitados diariamente pelos bancos comerciais, enquanto os depósitos nas entidades financeiras diminuíram em cerca de 35 mil milhões de euros desde Dezembro, dos quais quatro mil milhões saíram só em Abril.

Os números dos últimos cinco anos de crise tiveram um resultado alarmante, segundo a confederação, que aponta uma queda da 26,2% na facturação do comércio retalhista, de 37,1% do comércio grossista e de 61,9% na venda de automóveis.