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Seis anos depois, a Grécia pode voltar a crescer em 2014

O orçamento do Estado de Atenas aponta para uma expansão económica no próximo ano. O excedente primário, sem juros, chegará a 1,6%. “Os sacrifícios começam a dar frutos”, argumenta o governo. O desemprego desce mas deverá ficar em 26%. A dívida deverá alcançar os 174,5%.

Bloomberg
07 de Outubro de 2013 às 12:04
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A Grécia, tal como Portugal, pode voltar a crescer em 2014. A concretizar-se esta previsão do Governo de Atenas, será a primeira vez que tal acontece depois de seis anos de contracção.

 

A economia helénica poderá expandir-se, em 2014, a uma taxa de 0,6%, de acordo com o Orçamento do Estado para o próximo ano, apresentado esta segunda-feira no parlamento pelo vice-ministro das Finanças Christos Staikouras. O investimento e as exportações (incluindo o turismo) deverão dar o maior impulso para o crescimento.

 

“Desde este ano, os sacrifícios começaram a dar frutos, mostrando os primeiros sinais de uma saída da crise”.
 
Christos Staikouras, vice-ministro das Finanças

 

A expansão do próximo ano irá seguir-se a um recuo de 4% do produto interno bruto no presente ano, de acordo com os dados apresentados pelo Executivo e citados pelas agências de informação internacionais. A Grécia está a contrair há seis anos e, segundo contas feitas pela Reuters, a sua economia perdeu um quarto da riqueza desde o pico alcançado em 2007.

 

“Desde este ano, os sacrifícios começaram a dar frutos, mostrando os primeiros sinais de uma saída da crise”, declarou o ministro aos deputados, citado pela Reuters. As medidas de austeridade impostas para controlar os desequilíbrios da economia de Atenas, cujos dados macroeconómicos terão sido mascarados pelos governantes durante vários anos, acabaram por empurrar o país para uma situação económica frágil. A subida do desemprego foi uma das consequências num país que já teve de pedir, desde 2010, dois resgates financeiros externos no valor global de 240 milhões de euros – sendo que, num deles, estava incluído um perdão da dívida.  

 

Desemprego cai ligeiramente para 26% no próximo ano

 

“Nos últimos três anos, a Grécia viu-se numa recessão dolorosa com um nível de desemprego sem precedentes”, comentou Staikouras. Este ano, o desemprego, que tem sido particularmente duro com os jovens (como em toda a Europa), deverá atingir 27% da população activa. A expectativa do Governo é que a taxa de desemprego desça ligeiramente para os 26% no próximo ano. O emprego, por sua vez, deverá avançar 0,6%.


Segundo os novos números, Atenas tem a meta de alcançar um excedente orçamental primário – que não inclui o pagamento com juros (que, no caso da Grécia, será de um montante considerável) – de 1,6% em 2014.

 

Já o défice orçamental do país, já incluindo todos os custos e receitas, deverá ficar-se pelos 2,4% no presente e próximo anos. Em níveis preocupantes continua a dívida pública do país do sul da Europa. O indicador deverá atingir os 174,5% do produto interno bruto em 2014.

 

O Orçamento do Estado para o próximo ano também prevê, segundo estão a avançar as agências de informação internacional, que a Grécia consiga vender títulos de dívida nos últimos seis meses de 2014.

 

(Correcção: No subtítulo deve ler-se "desemprego" e não "dívida")

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