"Depois de quase sete anos de sequência de crises debilitantes, as empresas e as famílias são muito hesitantes em assumir o risco económico. Por esta razão, é necessário algum tempo antes que possamos declarar o sucesso, e nossa política monetária de estímulos vai permanecer activa até que o seu objectivo seja plenamente alcançado numa base verdadeiramente sustentada", afirmou Mário Draghi numa conferência em Washington, ao lado de Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Dito isto – acrescentou - temos de estar conscientes de que um período muito prolongado de taxas de juro reais muito baixas pode ter consequências indesejáveis, num contexto de envelhecimento da população, onde muitas famílias poupam não apenas para suavizar o consumo ao longo do ciclo (económico), mas para suavizar o consumo ao longo da sua vida".

Para os pensionistas, por exemplo, taxas de juro baixas podem inclusive tornar-se um incentivo para economizar mais, mas para a sociedade no seu todo o contexto mais benéfico é fazer com que as economias cresçam ao ritmo do seu potencial, acrescentou Draghi.