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Varoufakis propõe "Plano Merkel" e admite adiar promessas eleitorais

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, propôs hoje que o Banco Europeu de Investimento (BEI) crie um programa destinado a recuperar o investimento na União Europeia, que poderia chamar-se "Plano Merkel".

Reuters
14 de Março de 2015 às 14:33
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"A Europa necessita de uma forma alternativa ao programa de Expansão Quantitativa (QE, nas siglas em inglês) que se ocupe da recuperação dos investimentos e seja gerida pelo BEI (…) Eu chamar-lhe-ia ‘Plano Merkel’", disse, em declarações aos jornalistas.

 

Segundo Varoufakis, com este programa, o BEI pediria aos governos da União Europeia para "empreenderem um plano para recuperar o investimento, financiado a 100% com títulos do mesmo BEI comprados pelo Banco Central Europeu (BCE) no mercado secundário".

 

"Isto resolveria os problemas operativos do BCE porque compraria um pedaço de papel com uma classificação de triplo A, sem ter que se preocupar com os títulos do Estado", sustentou.

 

Também evitaria os problemas que o plano de flexibilização quantitativa do BCE "teve e terá cada vez mais numa Europa com os preços dos activos inflacionados e sem incentivar o investimento".

 

As declarações de Varoufakis foram feitas hoje de manhã no Fórum Ambrosetti, na cidade italiana de Cernobbio, onde decorre a XXVI edição do simpósio "O cenário da Economia e das Finanças".

 

Grécia disposta a adiar algumas promessas eleitorais

 

O Governo de esquerda radical grego está preparado para "adiar a aplicação de algumas promessas eleitorais" de forma a devolver a confiança aos parceiros europeus, afirmou o ministro grego das Finanças citado hoje pelo Corriere della Sera.

 

"Nós não somos populistas, não fizemos promessas irrealistas", afirmou na sexta-feira Varoufakis, após uma reunião de dirigentes económicos e financeiros, organizada em Cernobbio, no norte de Itália.

 

Varoufakis acrescentou estar disposto a atrasar a aplicação de alguns compromissos eleitorais, se tal for necessário para reestabelecer a confiança dos parceiros, mas sem precisar as promessas eleitorais a que se referia.

 

"Nós temos um programa que tem uma duração de quatro anos", sublinhou, acrescentando: Nós queremos pagar a nossa dívida até ao fim, mas pedimos aos nossos parceiros para nos ajudarem a restaurar o crescimento da Grécia".

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