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Donald Tusk: Talvez tenhamos de nos habituar a conviver com um membro do euro em bancarrota

O presidente do Parlamento Europeu disse esta tarde que o referendo na Grécia não é uma votação sobre a permanência, ou não, do país no euro. Num tom conciliatório, disse mesmo que "talvez tenhamos que nos habituar a viver com um país que é membro da Zona Euro e que está em bancarrota".

Reuters
03 de Julho de 2015 às 19:20
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Donald Tusk declarou esta sexta-feira, em entrevista à edição europeia do diário norte-americano Politico, que se os gregos votarem contra às propostas apresentadas pelos credores de Atenas, no referendo que se realiza a 5 de Julho, haverá menos margem de negociação mas o objectivo continuará a ser manter a Zona Euro unida.

Tusk tentou assim amenizar os ânimos entre Atenas e os seus credores internacionais, salientando que o referendo não tem a ver com a permanência da Grécia na Zona Euro. 


E apelou  a que se ponha fim às recriminações e ao apontar de dedos que se tem observado nas últimas semanas em pleno drama grego. "Talvez o maior erro, e não estou a falar só sobre a Grécia, tenha sido este jogo de atribuição de culpas, o jogo político entre credores e a Grécia", afirmou, acrescentando que "ninguém aqui é um anjo".

Independentemente do resultado do referendo no domingo, a União Europeia está à procura de formas de manter a Grécia na união monetária, se bem que isso possa exigir uma abordagem "completamente nova" que permita que Zona Euro coexista com um país em falência, declarou.

"Talvez tenhamos que nos habituar a viver com um país que é membro da Zona Euro e que está em bancarrota", disse o presidente do Conselho Europeu. "Se precisarmos de alterações jurídicas aos Tratados para salvarmos a Europa, também é possível debater essa possibilidade", sublinhou.

Esta sexta-feira, a associação de bancos da Grécia alertou que a partir de 7 de Julho a liquidez da banca do país estará dependente do BCE. Louka Katseli, presidente da presidente da União Grega dos Bancos, afirmou que os bancos helénicos têm uma "almofada de liquidez" de mil milhões de euros até segunda-feira, mas que depois desse dia dependem do Banco Central Europeu para terem fundos.


Na segunda-feira, o BCE irá decidir se aumenta a linha de liquidez de emergência aos bancos gregos (ELA). Esta semana manteve essa linha com o tecto nos 89 mil milhões de euros, depois de nas semanas anteriores a ter reforçado algumas vezes.

(notícia actualizada às 21h36)

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