Notícia
CUP adia decisão sobre presidência de Artur Mas após empate entre militantes
O partido de extrema-esquerda catalão CUP adiou para 2 de Janeiro uma decisão sobre se apoia ou não a investidura de Artur Mas como presidente regional da Catalunha, depois de a última votação dos seus militantes ter resultado em empate.
27 de Dezembro de 2015 às 20:14
A Candidatura de Unidade Popular (CUP) decidia este domingo, 27 de Dezembro, em assembleia-geral de militantes, se daria ou não o seu apoio a Artur Mas, proposto pela coligação Junts pel Sí, numa futura votação parlamentar para presidente regional da Catalunha e, após três votações sucessivas (a cada votação eliminava-se um dos quatro cenários propostos), o "Não" à sua investidura obteve tantos votos, 1.515, como o "Sim".
A assembleia realizou-se à porta fechada, sem imprensa, com voto secreto (pela primeira vez na história daquela formação) e o anúncio dos resultados foi feito numa declaração à imprensa sem direito a perguntas.
A CUP vai assim reunir o seu conselho político (convidando também o Grupo de Acção Parlamentar, que fiscaliza a actividade dos seus deputados) a 2 de Janeiro, para encontrar uma solução para este empate.
Nesta votação decisiva, os mais de três mil militantes da CUP optaram entre dois cenários.
O primeiro era aceitar uma proposta de acordo político com a Junts pel Sí (de Artur Mas), com o objectivo de avançar para a criação de uma república catalã e um plano de choque social. Esta opção deixava claro o "sim" à investidura de Artur Mas, como presidente regional.
A segunda opção era um "Não" à presidência regional encabeçada por Artur Mas (ainda que não fechando a porta a outros nomes para o cargo), e por extensão um "Não" às negociações de acordo político com a Junts pel Sí. Esta opção deixava clara a realização de eleições antecipadas na Catalunha, caso a Junts não proponha um outro nome para a presidência.
A Junts pel Sí afirmou antes e após as eleições que o processo de independência da região (cujo início foi formalizado numa resolução aprovada juntamente com a CUP em novembro) não dependia de qualquer personalidade em concreto, mas nunca abdicou do nome de Artur Mas para presidente. Já a CUP tem rejeitado reiteradamente o nome de Mas, que associa a casos de corrupção na região (financiamento ilegal do seu partido, a CDC) e ao maior período de austeridade vivido na Catalunha.
A assembleia realizou-se à porta fechada, sem imprensa, com voto secreto (pela primeira vez na história daquela formação) e o anúncio dos resultados foi feito numa declaração à imprensa sem direito a perguntas.
Nesta votação decisiva, os mais de três mil militantes da CUP optaram entre dois cenários.
O primeiro era aceitar uma proposta de acordo político com a Junts pel Sí (de Artur Mas), com o objectivo de avançar para a criação de uma república catalã e um plano de choque social. Esta opção deixava claro o "sim" à investidura de Artur Mas, como presidente regional.
A segunda opção era um "Não" à presidência regional encabeçada por Artur Mas (ainda que não fechando a porta a outros nomes para o cargo), e por extensão um "Não" às negociações de acordo político com a Junts pel Sí. Esta opção deixava clara a realização de eleições antecipadas na Catalunha, caso a Junts não proponha um outro nome para a presidência.
A Junts pel Sí afirmou antes e após as eleições que o processo de independência da região (cujo início foi formalizado numa resolução aprovada juntamente com a CUP em novembro) não dependia de qualquer personalidade em concreto, mas nunca abdicou do nome de Artur Mas para presidente. Já a CUP tem rejeitado reiteradamente o nome de Mas, que associa a casos de corrupção na região (financiamento ilegal do seu partido, a CDC) e ao maior período de austeridade vivido na Catalunha.