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Coeure avisa que "não há muito tempo" para um acordo entre Atenas e os credores

No entanto, o membro do BCE recorda que o espírito das conversações entre Atenas e os credores na semana passada foi "extremamente positivo" e que ambas as lados "querem fazer o melhor uso daquele que é o bem mais valioso e mais escasso: o tempo".

Bloomberg
23 de Março de 2015 às 12:13
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Benoît Coeuré, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), avisa que Atenas não tem muito tempo para chegar a um acordo com os credores e, por isso, é necessário "determinação de ambos os lados".

 

"Não há muito tempo, por isso tem de haver determinação de ambos os lados", referiu o responsável esta segunda-feira, num discurso em Montenegro, citado pela Bloomberg. No entanto, Coeuré considera que o "espírito" das conversações da semana passada, em Bruxelas, "foi extremamente positivo".  

 

"Eles querem encontrar uma solução. Querem fazer o melhor uso daquele que é o bem mais valioso e mais escasso: o tempo", afirmou o membro do BCE, lembrando que na cimeira europeia do final da semana passada ficou acordado que se iriam intensificar os esforços para honrar os compromissos assumidos no Eurogrupo de 20 de Fevereiro.

 

Coeuré recordou que o "objectivo é concluir com sucesso a revisão do programa, mesmo sendo verdade que o programa será alterado para reflectir as prioridades do novo governo". Ainda assim, "tem que ser uma discussão abrangente, para nos certificarmos de que qualquer mudança no programa alcança um resultado equivalente em termos de competitividade, de sustentabilidade fiscal e de capacidade de colocar a economia grega numa base sólida".

 

No final do Conselho Europeu realizado na semana passada, a chanceler alemã frisou que Atenas pode receber apoios financeiros "mais rapidamente", antes do final de Junho, se o Governo liderado por Alexis Tsipras conseguir apresentar medidas abrangentes que mereçam a aceitação dos credores.

 

Apesar da aparente inflexibilidade dos credores de Atenas, Jean Claude-Juncker anunciou, na mesma altura, que serão disponibilizados 2 mil milhões de euros para a Grécia fazer frente à crise social e humanitária.

 

Nos próximos dias, espera-se que Atenas apresente um conjunto de reformas que permitam cumprir os objectivos estabelecidos no acordo alcançado a 20 de Fevereiro e que já previa que Atenas teria de ir mais além na execução de reformas estruturais. E só depois de aprovado o plano por parte das instituições credoras é que a Grécia receberá novas ajudas financeiras.

 

Esta segunda-feira, o líder do Governo grego, Alexis Tsipras, realiza a primeira visita oficial à Alemanha e reúne-se com a chanceler Angela Merkel. Os líderes europeus irão debater as relações entre os dois países, a situação na Zona Euro e o programa de financiamento e respectivas reformas económicas na Grécia.  

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