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FMI desbloqueia tranche de 950 milhões para a Irlanda

O Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a 10ª avaliação da aplicação do memorando de entendimento celebrado com a Irlanda e aprovou a libertação da nova tranche.

Negócios 18 de Junho de 2013 às 03:12

O directório executivo do organismo liderado por Christine Lagarde concluiu na segunda-feira, 17 de Junho, a 10ª avaliação ao desempenho da Irlanda, nos termos do resgate acordado em 2010 por um período de três anos, e aprovou a libertação de uma tranche no valor de 950 milhões de euros, refere o FMI em comunicado.

 

Esta ajuda financeira à Irlanda, aprovada a 16 de Dezembro de 2010, insere-se num pacote total de 85 mil milhões de euros acordado com a troika, que é também sustentado pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), bem como por empréstimos bilaterais da Dinamarca, Suécia e Reino Unido, além das próprias contribuições da Irlanda.

 

Desses 85 mil milhões, cabem ao FMI 22,28 mil milhões. Com esta nova tranche, o desembolso do Fundo ascenderá já a 20,83 mil milhões de euros.

 

A economia irlandesa “cresceu modestamente pelo segundo ano consecutivo, em 2012, e começam a surgir sinais positivos, com o emprego a aumentar mais de 1% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2013, se bem que a taxa de desemprego se mantenha elevada, nos 13,7%”, refere o documento do FMI.

 

“Com dois anos e meio de programa, as autoridades irlandesas mantêm uma firme implementação das políticas. A melhoria do sentimento do mercado e a recentemente aprovada extensão das maturidades dos empréstimos do FEEF e do MEEF reflectiram-se numa descida dos juros da dívida. No entanto, a retoma económica não está ainda bem consolidada e continuam a existir riscos em matéria de sustentabilidade da dívida, pelo que continua a ser primordial uma sólida implementação das políticas e um pontual cumprimento dos compromissos europeus no sentido de reforçar a sustentabilidade do programa”, sublinha no mesmo comunicado David Lipton, o número dois do FMI.

 

De acordo com o primeiro subdirector-geral do Fundo, são necessárias reformas estruturais em áreas-chave da despesa, de modo a criar poupanças futuras, protegendo ao mesmo tempo os serviços públicos essenciais e a população mais vulnerável. “A eficaz implementação das reformas visando o reforço dos serviços do emprego é muito importante para combater o desemprego de longo prazo”, acrescenta Lipton.

 

O Fundo refere ainda as debilidades do sector bancário irlandês, “onde mais de 25% do crédito é malparado e onde persistem perdas, o que penaliza a concessão de novos empréstimos”. “Resolver estes problemas é crucial, no âmbito da preparação das autoridades para a entrada na união bancária europeia e dos testes de stress europeus no próximo ano”, salienta.

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