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Viver no campo? Conheça os pequenos concelhos onde a procura por casas mais aumentou

Os três concelhos menos populosos onde se verificou um aumento da procura estão situados nas regiões autónomas. No continente, Nisa foi o concelho com maior procura. Por outro lado, a oferta também aumentou em 86 municípios menos populosos.

A Casa do Douro foi privatizada em 2014 na sequência de grandes dificuldades financeiras.
Jorge Miguel Gonçalves
18 de Maio de 2024 às 13:00
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Desde a pandemia, a procura por casas fora dos grandes centros urbanos disparou. Uma análise feita pelo Idealista revela que, nos últimos quatro anos, o interesse em comprar casa aumentou em 81% nos 120 concelhos portugueses com menos de 10 mil habitantes, localizados sobretudo no Interior do país e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Entre estes, os 97 concelhos menos populosos do país onde se verificou um aumento da procura nos últimos quatro anos, Santa Cruz das Flores, nos Açores, foi o município mais procurado para comprar casa. Os dados do Idealista revelam que, entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2024, a procura por casas nesse município disparou 457%, tendo resultado, em média, em seis contactos por anúncio.

Em segundo lugar na lista, ficou Porto Moniz, na Madeira. O município, conhecido pelas suas piscinas naturais, conheceu um aumento da procura de 406% em quatro anos e, em média, cada anúncio de venda de casas na autarquia madeirense resultou em cerca de quatro contactos (3,8, em média).

A fechar o ranking, destacou-se também Povoação, também nos Açores. O município localizado na ilha de São Miguel teve um aumento da procura por casas que resultou em cerca de três (3,4) contactos por cada anúncio publicado. Em comparação com o período pré-pandemia, a autarquia teve um aumento da procura de 293%.














No continente, Nisa foi o concelho com menos de 10 mil habitantes que registou a maior procura
nos últimos quatro anos. Segundo o Idealista, cada anúncio de venda de casas na autarquia resultou em 3,1 contactos, o que, em comparação com o período pré-pandemia, corresponde a um aumento de 460%. Aliás, entre os concelhos considerados, Nisa foi a que teve o maior aumento percentual.

Procura mais do que duplicou em 48 desses concelhos

Além dos concelhos mencionados, a procura por habitação mais do que duplicou noutros 44 concelhos com menos de 10 mil habitantes. Foi o caso de Vila do Bispo, Vila Velha de Ródão, Vila Nova de Poiares, Góis e Vila Nova de Paiva. 

Entre os 25 municípios mais procurados para adquirir habitação estão 11 que eram já os mais procurados em 2021 e continuaram a sê-lo no arranque deste ano. Nessa lista, estão Lajes das Flores, Viana do Alentejo, Redondo, Ferreira do Alentejo, Monchique, Alcoutim, Lajes do Pico, Arraiolos, Aljezur, Alandroal e Cuba.

Por outro lado, a oferta também teve um aumento em 86 municípios pouco populosos do interior do país e ilhas nos últimos quatro anos. Melgaço e Vimioso foram as autarquias com os aumentos de stock foram mais expressivos, mas estão entre os menos procurados para adquirir uma habitação no início de 2024. 

Os dados do Idealista revelam ainda que, entre os concelhos menos populosos mais caros para comprar casa, estão os municípios da Vila do Bispo, Aljezur e Castro Marim. Em 2020, nenhum dos municípios analisados tinha preços das casas superiores a 3.000 euros por metro quadrado e o único que tinha valores medianos acima de 2.000 euros por metro quadrado era Vila do Bispo, no Algarve.

Com preços medianos inferiores a 500 euros por metro quadrado, destacam-se Torre de Moncorvo, Vila Velha de Ródão, Celorico da Beira, Crato, Gavião, Nisa, Pinhel, Góis, Penamacor e Figueira de Castelo Rodrigo. Nesses concelhos, é possível adquirir uma casa com 100 metros quadrados no campo por menos de 50 mil euros.
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