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Tesouro britânico avisa que Brexit poderá provocar longa recessão

Se se concretizar a saída britânica da UE, o Reino Unido passará por uma longa recessão, avisa o Tesouro do país. George Osborne acredita que em dois anos se perderiam mais de 800 mil postos de trabalho.

Bloomberg
23 de Maio de 2016 às 11:40
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Com o aproximar do referendo sobre uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE), sobe de tom a campanha eleitoral entre os apoiantes e os opositores ao chamado Brexit. Desta feita é o Tesouro do Reino Unido a avisar para as consequências nefastas do Brexit.

 

Um estudo do ministério liderado por George Osborne, citado esta segunda-feira, 23 de Maio, pela agência Bloomberg, refere que se o Reino Unido abandonar a UE, o país sofrerá uma longa e pesada recessão. Em 2018, por exemplo, o produto interno bruto (PIB) britânico seria 3,6 pontos percentuais inferior àquela que é a previsão actual de crescimento que antecipa uma evolução positiva de 4,3%.

 

A análise publicada pelo Tesouro afiança que um evento de Brexit provocaria um choque económico "imediato e profundo", com crescimentos 3% a 6% inferiores nos próximos anos. A inflação aceleraria bastante e o preço das casas congelaria, alerta ainda o Tesouro.

 

Também ao nível do emprego haveria consequências graves para os cidadãos do reino Unido. O estudo Ministério das Finanças britânico mostra que nos dois anos seguintes ao Brexit seriam destruídos até 820 mil postos de trabalho. O Tesouro avisa também para um potencial "segundo choque económico", a concretizar-se se a UE saísse do mercado único europeu.

 

Entretanto, esta segunda-feira a voz de Osborne juntou-se à do primeiro-ministro inglês, David Cameron, numa conferência em que o Governo britânico defende a permanência na UE. E se Cameron avisa que "os negócios vão congelar e a incerteza pairar sobre a nossa nação" no caso de vitória do Brexit no referendo agendado para 23 de Junho, Osborne garante que serão os "trabalhadores a sofrer".

 

O cenário pintado pelos dois governante é catastrofista, com George Osborne a alertar para um tremendo aumento das necessidades de financiamento da economia britânica no caso de Brexit. Osborne afiança que o Reino Unido poderia necessitar de cerca de 39 mil milhões de libras (50,4 mil milhões de euros) de financiamento extra. Antes, o Governo britânico já avisara que o Brexit provocaria uma "década de incerteza" para o país.

A precisamente um mês do referendo, as sondagens indiciam que os apoiantes da permanência estão a ganhar alguma vantagem sobre os defensores da saída da UE. Um estudo de opinião publicado no sábado e citado pela Bloomberg garante 44% ao campo da permanência e 40% ao da saída.

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