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Economistas alertam: “Brexit” irá prejudicar o Reino Unido

Foram 639 os membros da Royal Economic Society e da Society of Business Economists que responderam ao maior inquérito até hoje feito sobre o “Brexit”. E a resposta não podia ser mais avassaladora: 561 economistas acreditam que a economia do Reino Unido será prejudicada com a saída da União Europeia.

30 de Maio de 2016 às 11:33
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À medida que se aproxima o 23 de Junho, multiplicam-se as intervenções públicas das mais distintas figuras da sociedade britânica e do sector financeiro mundial. Contudo, com o referendo ao "Brexit" à porta, os inquéritos assumem o papel principal. O mais recente foi realizado pelo Ipsos MORI – uma empresa de estudos britânica - para o The Observer e constitui, até à data, como o maior sobre a possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Os membros das conceituadas Royal Economic Society e Society of Business Economists foram chamados a prenunciar-se sobre o referendo e a resposta foi peremptória: o impacto na economia do Reino Unido será negativo. Entre os 639 inquiridos, 561 acreditam que o produto interno bruto (PIB) será afectado nos próximos cinco anos. Mais significativo é que 57% dos economistas aponta para um impacto superior a 3% do PIB, ao passo que 31% antecipa que a economia será penalizada entre 1% e 3%.

Por outro lado, 28 economistas acreditam num impacto positivo, ao passo que 45 dizem que será o "Brexit" será indiferente. Menos significativo, mas ainda assim relevante, é o impacto no longo prazo. Segundo o inquérito do Ipsos MORI, 72% dos inquiridos apontam para uma diminuição do potencial de crescimento do PIB nos próximos dez a 20 anos, sendo que 38% dos 639 economistas continua a antecipar um efeito superior a 3%. De destacar ainda que, no longo prazo, são mais os especialistas que antecipam um impacto positivo (11%).

Estes resultados reforçam os que apoiam a manutenção do Reino Unido na UE. Mesmo antes de a equipa liderada por David Cameron, actual primeiro-ministro, ter recebido o apoio dos líderes do G7, já Christine Lagarde, presidente do FMI, o tinha feito sob a forma de um largo espectro de alertas à economia.

Do lado oposto, Boris Johnson, antigo Mayor de Londres e adversário de Cameron no Partido Conservador, continua a apelar ao "Brexit". Segundo a última sondagem do Financial Times, 46% da população está inclinada para a manutenção na UE, ao passo que 41% apoia a saída. Contudo, o número de indecisos não deixa adivinhar qualquer resultado. Segundo o diário britânico, estes ascendem a 12%.

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