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Puigdemont pode declarar independência da Catalunha na segunda-feira

Ainda não está formalizado, mas os partidos independentistas presentes no parlamento catalão requerem a presença do presidente da Generalitat na próxima segunda-feira. Poderá ser o momento para Puigdemont anunciar a independência, apesar do referendo ter sido considerado ilegal.

04 de Outubro de 2017 às 12:37
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O presidente do governo catalão poderá aproveitar a presença no plenário do parlamento regional, marcado preliminarmente para a próxima segunda-feira, para avançar com uma declaração unilateral de independência, na sequência do resultado do referendo de domingo passado.

É essa a interpretação feita pela imprensa espanhola, que esta quarta-feira, 4 de Outubro, dá conta de que os partidos Junts pel Sí e CUP agendaram um plenário do parlamento onde se espera que Carles Puigdemont avalie os eventos de 1 de Outubro e explique os "efeitos" decorrentes da votação popular, cuja lei foi suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol.

A presença de Puigdemont é requerida ao abrigo ao abrigo do artigo 169.º do regulamento do parlamento, mas ainda é necessário registá-la formalmente para que seja efectiva.

A notícia da marcação da reunião surge no dia em que está agendada (para as 21:00 em Barcelona, menos uma hora em Portugal Continental) uma declaração de Carles Puigdemont, 24 horas depois de o rei de Espanha se ter referido à situação na Catalunha como uma "deslealdade inadmissível" do governo regional para com o Estado, de se colocar à margem da democracia e de "quebrar a unidade de Espanha".

Já ontem - em palavras pronunciadas antes de Filipe VI falar - Carles Puigdemont tinha referido, em declarações à BBC, que a declaração de independência do território é "uma questão de dias". O presidente da Generalitat indicou, segundo a Lusa, que o governo regional catalão "vai agir no final desta semana ou no início da próxima".

Puigdemont considerou também que "seria um erro que mudaria tudo" se o governo de Madrid decidisse intervir e assumir o controlo do executivo da Catalunha.

Segundo a Generalitat, 42% dos 5,3 milhões de eleitores catalães votaram no referendo de domingo, apesar da repressão policial e da operação de desmontagem do referendo que Madrid pôs em prática nas semanas anteriores.

De acordo com o governo regional, 90% dos eleitores que foram às urnas votaram a favor da independência.
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