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Governo espanhol garante segurança de depósitos em bancos da Catalunha

As acções da banca catalã ou mais exposta à região afundam na praça madrilena, apesar das garantias do Estado central. Já os títulos da Oryzon - que vai mudar a sede de Barcelona para Madrid - já dispararam mais de 30%.

04 de Outubro de 2017 às 12:20
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Perante o desafio independentista do governo regional catalão, depois do referendo de domingo passado, o executivo de Madrid vem garantir, no meio da turbulência desta manhã nos mercados financeiros espanhóis, que os clientes dos bancos daquela região não devem estar preocupados com os seus depósitos.

Segundo o jornal Expansión, que cita o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, os depositantes "nada têm a temer" já que os bancos sediados na Catalunha são "bancos espanhóis e também europeus," disse aos jornalistas à entrada da South Summit. Tal como os clientes dos bancos, também as empresas não deverão estar preocupadas, afirmou, garantindo ainda que o executivo "actuará com os instrumentos e nos momentos adequados."

Declarações que chegam numa altura em que as ameaças de independência da região - esta terça-feira o presidente do governo autonómico Carles Puigdemont disse que a declaração está por dias depois de 90% de votos favoráveis no referendo – levam a bolsa de Madrid a tombos de 2,65% para o valor mais baixo em mais de um ano e meio.

Entre os títulos que mais caem na praça espanhola estão os do CaixaBank – afunda 6,34% para 3,86 euros -, instituição baseada na Catalunha e que em Portugal detém o BPI. O BBVA, maior banco na região, cai mais de 4%, tal como acontece com o Bankia. Já o Santander, que em Portugal detém o Totta, recua mais de 3%.

Já esta terça-feira o CaixaBank reafirmou, numa nota interna dirigida aos colaboradores do banco no âmbito da greve geral que foi convocada, a intenção de "proteger em todo o momento os interesses dos seus clientes, accionistas e empregados, garantindo a integridade dos depósitos".

Mas nem todas as prestações em bolsa são negativas perante a possibilidade de desvinculação da região: a Oryzon, empresa biotecnológica que ontem anunciou a intenção de deslocar a sua sede de Barcelona para Madrid (alegando a intenção de optimizar as suas operações e a relação com os investidores), dispara 18,83% na praça madrilena. Ao longo da jornada chegou a ganhar 33%.

Entretanto as grandes empresas catalãs manifestaram hoje a sua "máxima preocupação" e pediram ao governo liderado por Mariano Rajoy e ao parlamento espanhol para que adoptem uma atitude activa e de liderança e que retomem a via do diálogo que evite a declaração unilateral de independência, noticia o El País.

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