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Receios em torno de Espanha empurram PSI-20 para as quedas

A bolsa nacional, que chegou a negociar em máximos de Novembro de 2015, já inverteu para o vermelho, arrastado por uma Europa com receio da independência da Catalunha. Altri escapa e segue em máximos.

Pedro Catarino/CM
04 de Outubro de 2017 às 11:23
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A bolsa nacional já inverteu a tendência positiva do início da sessão, arrastada pelos receios em torno de Espanha que estão a condicionar os mercados accionistas na Europa.

Depois de ter chegado a tocar em máximos de Novembro de 2015, esta manhã, o PSI-20 desvaloriza 0,53% para 5.411,28 pontos, com 14 cotadas em queda, apenas três em alta e uma inalterada.

Na Europa, os principais índices também negoceiam em terreno negativo, coma s perdas a serem conduzidas pelo espanhol IBEX, que afunda 2,05%, no seu pior desempenho desde Agosto do ano passado.

Os receios em torno do país vizinho intensificaram-se esta quarta-feira, depois de o presidente do governo autonómico da Catalunha, Carles Puigdemont, ter garantido, numa entrevista à BBC, que a Generalitat vai declarar a independência "no final desta semana ou no início da próxima".

O anúncio dessa decisão – que ameaça desestabilizar totalmente o país vizinho – está a contribuir para a desvalorização das acções europeias que interrompem, assim, um ciclo de nove sessões consecutivas de ganhos, que as levaram para máximos de Junho. Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,16% para 390,10 pontos.

Em Lisboa, o BCP e a Jerónimo Martins são as empresas que mais contribuem para a desvalorização do PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado recua 0,24% para 24,44 cêntimos e a retalhista desce 1,09% para 16,76 euros, depois de o CaixaBI ter melhorado o preço-alvo para as acções de 16 para 16,70 euros, ainda abaixo da actual cotação.

A sua congénere, a Sonae, cai 0,38% para 1,036 euros, depois de ter chegado a tocar em 1,046 euros, o valor mais alto desde Abril de 2016.

Novos máximos tocaram também a Mota-Engil e as cotadas do sector da paste e do papel. A Mota-Engil chegou a cotar nos 3,35 euros esta manhã – o valor mais alto desde Abril de 2015 – seguindo agora a valorizar 0,46% para 3,305 euros.

A Navigator, que soma 0,31% para 4,234 euros, atingiu os 4,25 euros, um máximo de Maio de 2015. A Altri, por seu lado, segue no valor mais alto desde Dezembro de 2015, com uma subida de 3,68% para 4,945 euros, que aumenta para quase 16,5% a valorização acumulada nas últimas seis sessões.

Esta evolução acontece depois de ter sido noticiado que Paulo Fernandes, co-CEO da empresa, passou a deter uma posição de 11,86% no capital da Altri depois de ter comprado 100 mil acções na sessão de sexta-feira.

O sector também tem beneficiado do aumento das estimativas de preço e procura para a pasta e do alívio da subida da moeda única.

Em queda estão também as cotadas do sector da energia com a EDP a descer 1,13% para 3,055 euros, a EDP Renováveis a perder 0,35% para 7,09 euros e a Galp Energia a deslizar 0,53% para 14,875 euros. 

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