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Moedas passou no exame do Parlamento Europeu com 94% de aprovação

Se os examinadores fossem só eurodeputados portugueses, o candidato a comissário talvez tivesse ficado pelo caminho. Leia aqui a carta na qual a comissão parlamentar fala em "consenso" sobre a aptidão de Carlos Moedas. Só a Esquerda Unida não o aprovou.

Bruno Simão/Negócios
02 de Outubro de 2014 às 15:30
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Só o coordenador da Esquerda Unida (GUE) se demarcou da apreciação positiva feita pelos representantes dos demais seis grupos políticos de Estrasburgo no rescaldo do exame, primeiro escrito e depois oral, a que Carlos Moedas se submeteu para poder tomar posse, em 1 de Novembro, como novo comissário responsável da Investigação, Ciência e Inovação.

 

Tendo em conta os oito eurodeputados do GUE que fazem parte dos 132 membros (67 efectivos e 65 suplentes) que integram comissão parlamentar de Indústria, Investigação e Energia encarregue de avaliar Moedas, o novo comissário português mereceu uma taxa de aprovação de 94%.

 

Já se a decisão estivesse na mãos dos apenas três eurodeputados portugueses que têm assento nesta comissão parlamentar talvez Carlos Moedas tivesse ficado pelo caminho, uma vez que contou com o apoio de Carlos Zorrinho (PS, efectivo nesta comissão parlamentar) mas não com o de Marisa Matias (Bloco de Esquerda) e de João Ferreira (CDU), ambos membros do GUE e ambos suplentes.

 

Na carta, à qual o Negócios teve acesso, endereçada ao presidente do Parlamento Europeu, o presidente da comissão parlamentar que conduziu o exame ao antigo governante português faz um resumo das ideias e compromissos assumidos pelo candidato a comissário e, no final, escreve que os coordenadores dos sete grupos políticos "concluíram por consenso, com a excepção do grupo GUE, que o senhor Moedas é habilitado quer para ser membro do colégio de comissários quer para  desempenhar as tarefas específicas que lhe foram confiadas".

 

A carta de Jerzy Buzek só será tornada pública no final de todas as audições aos comissários indigitados, que decorrem até 7 de Outubro, mas o seu teor significa que não haverá lugar a uma reunião da comissão parlamentar, apenas convocada quando o candidato a comissário não reúne o consenso entre os grupos políticos da comissão competente.

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