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Moedas a caminho do Emprego em Bruxelas? Talvez sim, talvez não

O organograma publicado pelo Financial Times tem data de 30 de Agosto e a sua autenticidade suscitou - e suscita - dúvidas ao jornal que, ainda assim, decidiu tornar pública esta "fuga" no seu blogue sobre Europa.

Bruno Simão/Negócios
03 de Setembro de 2014 às 19:17
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O Financial Times divulgou esta tarde um organograma datado do passado sábado 30 de Agosto, dia em que os líderes europeus se reuniram em Bruxelas para preencher dois dos mais altos cargos da hierarquia europeia, alertando que não tem a certeza se corresponderá, de facto, a uma das versões pensadas por Jean-Claude Juncker para organizar a sua Comissão Europeia ou se não será antes resultado de uma mão interessada em influenciar o curso dos acontecimentos.

 

Não obstante as dúvidas, o jornal britânico decidiu tornar público o esquema, tendo-o feito, porém, no seu blogue sobre Europa e acompanhado de um "serious health warning". A confirmar-se este esquema que - refere a publicação - "inclui inconsistências gritantes, jogos políticos inacreditáveis e imprecisões factuais, tendo pelo meio algumas coisas que soam absolutamente verdadeiras" - Carlos Moedas ficaria com a importante pasta do Emprego e Assuntos Sociais.

 

 

Jean-Claude Juncker, que sucede a Durão Barroso a partir de 1 de Novembro, iniciou nesta terça-feira a ronda de entrevistas aos candidatos propostos pelos Estados-membros para integrar o novo executivo comunitário. A lista dos novos comissários, respectivas pastas e modo de organização da nova Comissão deverá ser conhecida ainda nesta semana. Um contratempo possível reside em Bruxelas: a Bélgica ainda não decidiu quem propõe para comissário.

 

Ocupado está já o cargo de Alta Representante para a Política Externa e de Defesa, para o qual foi nomeada, no sábado, a chefe da diplomacia italiana, Federica Mogherini, que será ainda vice-presidente da "Comissão Juncker".

 

Portugal escolheu Carlos Moedas actual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para comissário. Depois de ter tido um português na presidência da Comissão durante uma década (a longevidade de Durão Barroso só encontra paralelo em Jacques Delors), Lisboa sabe que as pastas mais importantes - como os Assuntos Económicos, Comércio, Energia ou a Concorrência - não estão de todo ao seu alcance.

 

Embora não seja um ex-primeiro-ministro nem ex-ministro, como há vários na lista de Juncker, a expectativa é que  a experiência  de Carlos Moedas assegurará que não cairá na "liga dos últimos" - na pasta do Multilinguismo, por exemplo – e que fique com uma boa pasta dentro da "segunda liga" de pelouros, onde se encaixam Fiscalidade, Agenda Digital, Empreendedorismo, Inovação, Investigação ou Orçamento. Caso se confirme a atribuição da pasta do Emprego e dos Assuntos Sociais, Moedas superará as expectativas.  

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