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Juncker começa a distribuir pastas de Bruxelas

A partir de amanhã, Carlos Moedas - e os seus novos colegas de trabalho na Comissão Europeia - vai ter uma noção mais precisa da sua área de responsabilidade.

Bloomberg
Negócios 01 de Setembro de 2014 às 14:09
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O próximo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, inicia na terça-feira a ronda de entrevistas aos candidatos propostos pelos Estados-membros para integrar o novo executivo comunitário, anunciou nesta segunda-feira a sua porta-voz, Natasha Bertraud.

 

"Juncker começará já amanhã (terça-feira) a entrevistar os candidatos, com vista a formar o seu

Colégio de Comissários", disse a porta-voz na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, citada pela Lusa.

 

Bertraud adiantou também que primeiro serão anunciados os nomes das pessoas que integrarão a futura Comissão e só depois as respectivas pastas, tendo advertido que "não sabemos quando vai terminar o processo", uma vez que a Bélgica ainda não indicou qualquer nome.

 

Ocupado está já o cargo de Alta Representante para a Política Externa e de Defesa, para o qual foi nomeada, no sábado, pelos líderes dos 28, a chefe da diplomacia italiana, Federica Mogherini, que será ainda vice-presidente da "Comissão Juncker".

Portugal escolheu Carlos Moedas, actual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para comissário.

 

Depois de ter tido um português na presidência da Comissão durante uma década (a longevidade de Durão Barroso só encontra paralelo em Jacques Delors), Lisboa sabe que as pastas mais importantes - como os Assuntos Económicos, Comércio, Energia ou a Concorrência - não estão de todo ao seu alcance. Embora não seja um ex-primeiro-ministro nem ex-ministro, a expectativa é que  a experiência  de Carlos Moedas  assegurará que não cairá na "liga dos últimos" - na pasta do Multilinguismo, por exemplo – e que fique com uma boa pasta dentro da "segunda liga" de pelouros, onde se encaixam, Fiscalidade, Agenda Digital, Empreendedorismo, Inovação, Investigação ou Orçamento.

 

A composição do Executivo comunitário será anunciada nesta semana ou na seguinte. A entrada em funções está marcada para 1 de Novembro, mas até lá todos os comissários, já depois de lhes ser atribuído o respectivo pelouro, terão de passar no crivo do Parlamento Europeu que ameaça desde já não dar luz verde a um Executivo que tenha menos mulheres, sendo que o que Juncker conta neste momento com apenas quatro candidatas a comissárias, contra as nove existentes na Comissão Barroso.

 

É pouco provável que o novo presidente da Comissão volte a pedir às capitais europeias para que lhe enviem mais mulheres. Em alternativa, poderá oferecer ao reduzido universo feminino pastas ou cargos de maior relevo, especulando-se ainda que irá fazer uma reforma significativa na organização do seu "governo europeu", assente na criação de "clusters" com as grandes áreas de actuação de Bruxelas, cuja presidência será rotativamente atribuída aos comissários envolvidos.

 

Quase certo: o comissário dos Assuntos Económicos será um socialista e o francês Pierre  Moscovici - que esteve em Atenas na semana passada e vem a Lisboa nesta sexta-feira -  parece até estar já a fazer o "aquecimento". 

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