"Fiz tudo o que podia para não me candidatar à liderança dos Conservadores". Daí a surpresa quando Michael Gove, actual detentor da pasta da Justiça, apresentou a sua candidatura.

Apoiante do Brexit, era esperado que Gove se colocasse ao lado de Boris Johnson nesta corrida. Contudo, acabou por considerar que o colega de partido não era a pessoa certa para avançar com as negociações com Bruxelas. E o próprio acabou por se retirar ontem da corrida.

"Tive de manter as minhas convicções", acabou por defender já esta sexta-feira, 1 de Julho. Foi uma cedência pelo próprio partido: "Não tenho glamour ou carisma", admitiu.

Boris Johnson "was not the right person for the task" - Michael Gove on #ToryLeadership bid https://t.co/c18GY9M6wf https://t.co/2YI9fwnywA

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Num discurso com mais de meia hora, Gove - que é um dos cinco candidatos declarados à sucessão de David Cameron - defendeu o comércio livre com a União Europeia mas o fim do "livre movimento" de trabalhadores e pessoas. Nos seus planos está a redução do número de imigrantes, com a introdução de um sistema de pontos como o que vigora na Austrália.

Outra das garantias é de que o dinheiro enviado para Bruxelas vai passar a ser injectado nos serviços públicos, com destaque para o serviço nacional de saúde. "Não vou hesitar em tirar-nos da União Europeia", reforçou.

Questionado pelo Daily Star Sunday sobre a candidatura de Gove, Boris Johnson foi curto: "Desejo-lhe o maior sucesso possível".

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"I wish him every possible success" says Boris Johnson when asked about Michael Gove in #ToryLeadership https://t.co/FStd8gzVBQ

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