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Trabalhistas querem mercado único mas rejeitam livre movimento de pessoas
Partido da oposição definiu as linhas de negociação para a saída do Reino Unido da UE, numa altura em que a liderança de Jeremy Corbyn está a ser fortemente contestada internamente.
John McDonnell apresentou os planos dos trabalhistas para o processo de Brexit. O maior partido da oposição enfrenta uma crise interna, depois da liderança de Jeremy Corbyn (na foto) ter sido contestada pelos militantes. Este é acusado de ter sido pouco eficaz na campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia.
Os trabalhistas vão defender junto de Bruxelas a continuação do mercado único e do livre comércio. Contudo, McDonnell deixou claro que depois do Brexit, "o livre movimento de trabalhadores e pessoas vai chegar ao fim".
O porta-voz dos trabalhistas reage às dezenas de demissões no partido após o referendo, dizendo que estas permitiram a entrada de uma nova geração. McDonnell espera que a liderança de Corbyn seja contestada nos próximos dias – Angela Eagle é apontada como candidata – e garante que não vai disputar esta corrida. Pelo contrário, vai apoiar Corbyn.
A imprensa britânica dá conta que, desde o referendo pela saída da União Europeia, 60 mil pessoas se registaram como apoiantes do Partido Trabalhista britânico. A renovação do partido, com a liderança de Corbyn em causa, é apontada como a principal causa para este fenómeno.ledo
John McDonnell: "Let's be clear. When we leave the European Union, freedom of movement will end." pic.twitter.com/bIw2CrMfWo
— Adam Bienkov (@AdamBienkov) 1 de julho de 2016