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Costa quer "negociação amigável" com o Reino Unido

O primeiro-ministro português defende que o processo de saída do Reino Unido da UE decorra de forma "amigável". António Costa defende que a Europa deve "olhar para isso (Brexit) não fingindo que não vemos o que se passa".

Pedro Elias
28 de Junho de 2016 às 15:21
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António Costa não embarca em discursos antagonistas face ao Reino Unido. Antes pelo contrário, o primeiro-ministro português defende que a saída britânica da União Europeia decorra através de uma "negociação amigável" e não através de divórcios ou separações.

 

Em Bruxelas, onde esta terça-feira e amanhã decorre um Conselho Europeu que se concentrará em encontrar uma resposta ao Brexit, Costa reconheceu que a decisão vinculada pelo referendo britânico "é uma má notícia, mas temos que a respeitar. É a decisão soberana dos cidadãos do Reino Unido".

 

"A democracia tem de prevalecer sobre aquilo que são os interesses da própria UE", prosseguiu o líder socialista que aponta como crucial "perceber como encontramos um novo quadro de relacionamento com o Reino Unido". As afirmações de António Costa surgem num momento em que prevalecem duas correntes essenciais relativamente ao Brexit: Uma que defende prudência na negociação com o Reino Unido; e uma outra que clama por uma saída o mais rápido possível que relativize os níveis de incerteza decorrentes da saída britânica.

 

E considerando que "aquilo que mais alimenta decisões como o Brexit é o populismo e o medo", Costa diz que "a Europa tem de responder ao medo". Para o fazer, António Costa aponta um conjunto de acções prioritárias: Regulação justa da globalização, dar prioridade a uma maior cooperação nas fronteiras externas da UE, ao combate ao terrorismo, e dar maior atenção à coesão social e ao combate às desigualdades.  

 

No fundo, Costa quer uma resposta europeia "ao medo que as pessoas têm no futuro e devolver confiança de que podemos ter uma economia pujante". Se a Europa conseguir fazer isto acho que interpreta bem os resultados do referendo no Reino Unido", resumiu.

 

Lembrando que a extrema-direita esteve perto de vencer as presidenciais austríacas e notando que um partido "populista" (Movimento 5 Estrelas) conquistou "importantes cidades em Itália", António Costa disse que é fundamental "travar este mal-estar em relação à Europa" que "não responde aos medos e anseios que se colocam no dia-a-dia. 

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