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Schäuble pede compromissos e afasta ideia de uma crise na Alemanha

O ex-ministro das Finanças e actual presidente do Bundestag juntou-se ao presidente alemão instando os partidos com assento parlamentar a procurarem um entendimento que resolva o actual impasse. Schäuble rejeita a ideia de crise política na Alemanha.

1 de Março – Schäuble em entrevista a um jornal alemão

“Não queremos um 'Grexit'. Somos solidários, mas não extorsionários. Ninguém forçou a Grécia ao programa de ajuda. Por isso, está totalmente nas mãos do Governo de Atenas. Seria bom que o Governo grego não falasse de modo que nos seja difícil convencer os nossos cidadãos”.
21 de Novembro de 2017 às 16:45
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O presidente do câmara baixa (Bundestag) do parlamento alemão, Wolfgang Schäuble, pediu esta terça-feira, 21 de Novembro, aos partidos com assento parlamentar que mostrem abertura para compromissos e assegurou que o fracasso das negociações para formar governo é "um teste" à Alemanha e "não uma crise de Estado".

As conversações lançadas há quatro semanas pela União-Democrata Cristã (CDU), de Angela Merkel, e a sua aliada bávara União Social-Cristã (CSU) com o Partido Liberal (FDP) e os Verdes fracassaram no domingo.

O anterior parceiro de coligação de Merkel, o Partido Social-Democrata (SPD), recusa repetir a experiência e a chanceler excluiu ainda antes das eleições quaisquer negociações com a extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) ou a extrema-esquerda do Die Linke.

Schäuble, político veterano que foi ministro das Finanças de Merkel e que exerce actualmente as funções de presidente do Bundestag, pediu disponibilidade para o compromisso na segunda sessão parlamentar desde as eleições legislativas de 24 de Setembro.

"Podemos ter opiniões diferentes sobre como devemos ser governados, mas é claro que temos de ser governados", disse Schäuble.

É legítimo que um partido decida, depois de profunda reflexão, que não quer integrar uma coligação, "mas isso tem de ser explicado de modo lógico, para que não haja a impressão de que está a fugir às responsabilidades", advertiu.

"A democracia exige maiorias e a nossa vontade de estabilidade exige maiorias sustentáveis", disse Schäuble, frisando que "é preciso coragem" para "aceitar ceder para chegar a acordo com o outro".

"Isto é um teste, não é uma crise do Estado. A tarefa é grande, mas pode ser resolvida", disse.

Sem um acordo de coligação, as duas únicas opções são a formação de um governo minoritário ou a convocação de eleições antecipadas, decisão que cabe ao presidente, Frank-Walter Steinmeier.

Após um encontro com a chanceler, na segunda-feira, Steinmeier afastou para já uma decisão e apelou aos partidos que voltem à mesa das negociações.

Merkel, por seu lado, afirmou depois do encontro que está "muito céptica" quanto a um governo minoritário e que prefere avançar para novas eleições, às quais será candidata.

Steinmeier deverá reunir-se hoje com os líderes do Partido Liberal e dos Verdes.
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