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Presidente ucraniano defende diplomacia mas está "preparado para qualquer cenário"

Apesar de afirmar que quer uma solução diplomática, o presidente da Ucrânia garante que o país não se vergará às provocações da Rússia.

EPA
13 de Fevereiro de 2022 às 14:07
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O presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, assegurou este domingo ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que é a favor duma solução diplomática para a crise ucraniana, mas que o país não se vergará às provocações da Rússia.

"Somos a favor duma solução política e diplomática para o conflito", disse Zelensky durante uma conversa telefónica com Charles Michel, lê-se num comunicado do gabinete da presidência, citado pela agência Efe.

Zelenski reiterou que Kiev (capital ucraniana) entende "todos os riscos" perante a ameaça de um ataque devido ao destacamento de mais de 100 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia e diz que o país "está preparado para qualquer cenário".

O presidente Zelenski recordou, todavia, que a Ucrânia vive esta situação desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia e o conflito armado começou no leste do país entre separatistas pró-Rússia apoiados por Moscovo e o exército ucraniano.

Zelensky acrescentou que atualmente "o pior inimigo é o pânico" que pode ser gerado por alertas do Ocidente, especialmente dos EUA, sobre um ataque russo iminente, ainda na próxima semana.

O presidente ucraniano e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, discutiram as medidas que estão a ser tomadas para promover a desescalada e alcançar a paz em Donbas dentro dos formatos de negociação existentes, em particular o Formato Normandia (Rússia, Ucrânia, Alemanha e França).

Zelensky realçou a importância da unidade e coordenação dos esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz e restaurar a estabilidade, refere o mesmo comunicado de imprensa.

O presidente ucraniano agradeceu a Michel e aos líderes da União Europeia por manter seus diplomatas no país e reiterou a exigência ucraniana de que sanções preventivas sejam impostas à Rússia para evitar "as intenções agressivas do Kremlin", algo que a UE não contempla.

Zelensky e Michel discutiram ainda como aumentar a defesa e as capacidades financeiras da Ucrânia à luz da ameaça russa e do risco de desestabilizar a economia. A Ucrânia agradeceu à UE o pacote de ajuda macrofinanceira de 1.200 milhões de euros concedido à ex-república soviética.
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