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Pedro Sánchez quer fazer como Costa e convocar "forças progressistas" de Espanha

O líder do Partido Socialista espanhol veio a Lisboa reunir com António Costa para tentar perceber melhor o acordo das esquerdas, que sustenta o Governo português. Sánchez disse que vai propor uma coligação como a portuguesa caso Rajoy não tome posse.

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07 de Janeiro de 2016 às 17:03
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Pedro Sánchez quer levar para Espanha o exemplo da união das esquerdas e garante que, caso Mariano Rajoy não seja investido no cargo de primeiro-ministro, vai propor uma "coligação com forças progressistas", que inclui o Podemos, de Pablo Iglesias. Sublinhando que partilha vários dos objectivos do Governo de António Costa, como a subida do salário mínimo ou uma moderação fiscal para a classe média, Sánchez afirmou que "os ventos de mudança na Europa chegaram para ficar" e que o pontapé de saída foi dado em Portugal.

 

António Costa logrou um acordo com as forças à sua esquerda que permite um "Governo progressista" que "tem como principais objectivos a criação de emprego", a "luta contra a desigualdade" e a aposta no crescimento. No final de uma reunião com António Costa, ao início da tarde desta quinta-feira em Lisboa, Pedro Sánchez, secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), afirma partilhar da "necessidade de subir o salário mínimo como fez o Governo português", bem como da necessidade de "uma fiscalidade mais justa para a classe média". Em suma, "uma economia que seja eficaz mas também justa".

 

"Partilhamos o roteiro do Governo", assinalou. "Quando as forças de mudança se unem multiplicam-se os benefícios para os cidadãos", e o acordo alcançado pelos socialistas portugueses "é o acordo das forças da mudança e graças a isso vai ser possível avançar".

Sánchez quer seguir as pisadas de António Costa

 

Por isso, Sánchez quer "importar" o modelo para Espanha. O cenário político espanhol vive um impasse similar ao que se viveu em Portugal: o PP de Mariano Rajoy ganhou as eleições de 20 de Dezembro mas ficou muito longe da maioria absoluta. Rajoy procura agora formar um pacto que lhe dê maioria mas não consegue fazê-lo apenas com o Cidadãos. Se não for investido, e no prazo de dois meses não for possível encontrar uma solução alternativa, serão convocadas novas eleições.

 

Ora, a alternativa que Sánchez propõe é fazer como António Costa. "O PSOE reitera que este é o tempo do PP e de Mariano Rajoy, mas Espanha precisa de uma mudança para um governo forte, progressista e com capacidade de diálogo", enumera. "Dizemos não à grande coligação com o PP, e caso Rajoy não consiga formar governo, diremos sim a uma coligação com forças progressistas", garante. Só assim será possível "liderar a mudança" no país vizinho.

 

Na sua intervenção inicial, Sánchez afirmou que veio reunir-se com António Costa "para trocar pontos de vista sobre a política europeia, sobre o roteiro do governo português e para reafirmar o nosso compromisso com Portugal e estes laços de irmandade".

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