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Governo da Catalunha renuncia ao referendo e anuncia alternativa na terça-feira. Rajoy reage com satisfação (act.)

O Governo catalão renunciou ao referendo sobre a independência da Catalunha previsto para 9 de Novembro, que o Tribunal Constitucional espanhol interditara, anunciou esta segunda-feira à noite o dirigente de um dos partidos implicados na consulta. Já esta manhã Mariano Rajoy afirmou que esta "era uma excelente notícia".

Bloomberg
13 de Outubro de 2014 às 23:23
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"O Governo constatou que a consulta não se pode realizar", disse o dirigente da Iniciativa pela Catalunha, Joan Herrera, à comunicação social, depois de participar numa reunião de partidos favoráveis ao referendo com o executivo catalão. "O governo do nacionalista Artur Mas vai fazer uma proposta (alternativa) amanhã" (terça-feira), acrescentou Herrera, adiantando que o seu partido se pronunciará na altura.

 

Um membro do Governo catalão admitira hoje o adiamento do referendo, previsto para 9 de Novembro, depois da sua interdição provisória pelo Tribunal Constitucional.

 

"A Catalunha está determinada em manifestar as suas aspirações pela via legal e pacífica (...). Vamos fazê-lo em 9 de Novembro, ou depois", declarou, em Barcelona, ao início da tarde, o responsável pela pasta das empresas no Governo regional de Artur Mas, Felip Puig.

 

Mariano Rajoy reagiu esta terça-feira, em Madrid, à possibilidade do referendo não se realizar, afirmando que é "uma excelente notícia". "Seria uma excelente notícia que o referendo não se realizasse", disse o presidente do Governo espanhol em conferência de imprensa. "O mais importante", acrescentou Rajoy, "é sermos capazes de construir um projecto conjunto".

 

No início de Outubro, um dos porta-vozes do Executivo catalão, Francesc Homs, dera a entender que este devia decidir no máximo até 15 de Outubro se o referendo se mantinha, apesar da interdição provisória do Tribunal Constitucional.

 

Artur Mas já se comprometeu em cumprir a lei, mas tem sido pressionado pela ala esquerda da coligação favorável ao referendo, a Esquerra Republicana (ERC), de avançar e escolher a "desobediência civil".

 

Na segunda-feira à noite reuniu-se com os dirigentes das várias formações favoráveis ao referendo para procurar ema posição comum.

 

Ao contrário do Governo britânico, que autorizou a realização de um referendo, em 18 de Setembro, na Escócia, que optou pelo não à independência, o executivo de Madrid tem-se oposto à organização de uma consulta na Catalunha.

 

Segundo o governo conservador, esta região, com uma identidade cultural fortemente marcada, onde vivem 7,5 milhões de habitantes e representa 20% da produção económica de Espanha, não se pode pronunciar sozinha sobre numa eventual secessão, uma vez que a Constituição obriga à participação do conjunto da população em questões de soberania.

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