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Durão Barroso: "Melhoria das condições macroeconómicas ainda não estão a ser sentidas pelas famílias"

O presidente da Comissão Europeia sublinhou hoje que a Europa se está a afastar cada vez mais da recessão e que a retoma deverá ganhar fôlego ao longo deste ano e em 2015. Contudo, a melhoria dos indicadores ainda não está a ser sentida pelas famílias.

Bloomberg
25 de Fevereiro de 2014 às 13:18
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Num discurso ao Parlamento Europeu sobre o Semestre Europeu, Durão Barroso voltou a transmitir uma mensagem optimista sobre o futuro da Europa e da moeda única. "Há um ano, alguns ainda estavam a falar do colapso do euro; alguns estavam até a especular sobre a desintegração da União Europeia", afirmou. "Acho que podemos dizer, juntos, que provámos que os profetas da desgraça estavam errados."

 

No entanto, o antigo primeiro-ministro português reconhece também que existem ainda muitos obstáculos a ultrapassar. "Combater o desemprego e as consequências sociais da crise demorará tempo a resolver", notou, explicando que "a melhoria das condições macroeconómicas ainda não

Acho que podemos dizer, juntos, que provámos que os profetas da desgraça estavam errados.
 
Durão Barroso
Presidente da Comissão Europeia

estão a ser sentidas pelos cidadãos e pelas suas famílias em alguns Estados-membros". Ainda assim, diz Barroso, seria "intelectualmente desonesto" negar que houve progressos.

 

Um discurso semelhante ao de Luís Montenegro, presidente da bancada parlamentar do PSD que em entrevista ao "Jornal de Notícias" reconheceu que "a vida das pessoas não está melhor", mas que "a vida do País está muito melhor", argumentando que a melhoria dos indicadores macroeconómicos só chegarão mais tarde à vida das pessoas.

 

O presidente da Comissão disse esperar que a "recuperação continue e se torne mais robusta ao longo do ano e se fortaleça ainda mais em 2015", citando sinais positivos no consumo, confiança e investimento industrial. "Este é o ano em que nos afastamos da recessão."

 

Olli Rehn falaria poucas horas depois já sobre a actualização das Previsões de Inverno para a UE. O vice-presidente da Comissão Europeia e responsável por assuntos económicos e monetários disse que o "reforço da procura interna durante este ano deverá ajudar-nos a atingir um crescimento mais equilibrado e sustentável", acrescentando que a competitividade externa também está a melhorar, "articularmente nos países mais vulneráveis".

 

"O pior da crise pode agora ter sido ultrapassado, mas isto não é um convite para complacências, dado a recuperação continuar a ser modesta. Para a tornar a recuperação mais forte e criar mais empregos, temos de manter a execução das reformas económicas", conclui Rehn.

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