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Alemanha mantém controlo fronteiriço até 31 de Outubro

A Alemanha, que introduziu temporariamente o controlo das suas fronteiras há cerca de um mês, vai manter a medida até 31 de Outubro, anunciou esta terça-feira um porta-voz do Ministério do Interior germânico.

Reuters
13 de Outubro de 2015 às 10:08
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Berlim implementou os controlos das fronteiras a 13 de Setembro, para travar a entrada de dezenas de milhares de refugiados no país, suspendendo assim os acordos de Schengen sobre a livre circulação no espaço europeu.

 

"A situação nas fronteiras é tal que não podemos passar sem esta medida", sublinha-se na carta endereçada à Comissão Europeia pelo ministro do Interior alemão.

 

"Nós precisamos de voltar a um tratamento ordenado da política de refugiados", sublinhou.

 

No espaço dos 26 países europeus Schengen, os membros podem estabelecer temporariamente os controlos nas fronteiras com outros estados-membros no caso de detectarem uma ameaça à sua segurança ou em circunstâncias excepcionais.

 

Os membros podem estabelecer os controlos nas fronteiras durante 10 dias e, depois, passar para períodos renováveis até 20 dias, num total máximo de dois meses.

 

A Alemanha, um dos países com mais população na União Europeia e economia de topo, tem recebido a maior fatia de refugiados que escapam à guerra e à pobreza, com os números a puderem ascender aos 800.000 mil a um milhão este ano.

 

A chanceler Angela Merkel pediu ao país para acolher os recém-chegados e ajudá-los na sua rápida integração, mas enfrentou duras críticas caindo nas sondagens e aumentando os receios do que a onda de refugiados fará à Alemanha.

 

No sul do estado da Baviera - a porta principal de entrada para os imigrantes que viajam através dos Balcãs e da Áustria - foram propostas as criação de "zonas de trânsito" onde os migrantes ficariam à espera enquanto os pedidos de asilo eram avaliados.

 

O centro-esquerda dos sociais-democratas, parceiros na coligação governamental de Merkel, expressou o seu cepticismo, argumentando que a medida equivaleria a "centros de detenção em terra de ninguém".

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