Um quarto dos trabalhadores espanhóis mudou de posto de trabalho durante o primeiro semestre. Este valor cresceu 9 pontos percentuais para os actuais 24% face a período homólogo, segundo um inquérito levado a cabo pela Randstad.

É na faixa etária mais jovem, entre os 18 e os 24 anos, que se encontram os trabalhadores que mais mudaram de emprego no último semestre (27%), seguidos dos trabalhadores entre 25 e 34 anos (22%), e entre os 35 e 44 anos (18%). Por género, foram os homens que mais mudaram de emprego (25% face a 23%).

Um dos principais motivos para os trabalhadores mudarem de posto de trabalho, prende-se com o desempenho de novas funções dentro da sua empresa, após uma reorganização interna na mesma, conforme indicaram 31% dos inquiridos.

No entanto, a maioria dos trabalhadores (69%), ao trocar de posto de trabalho trocou de empresa. Devido a isso, a segunda razão mais apontada para mudar de posto de trabalho foi por ter encontrado uma oportunidade profissional com melhores condições económicas.

A terceira causa mais apontada para mudar foi a procura de uma melhor projecção profissional (20%), seguida por um desejo pessoal de mudança (11%).

Segundo o estudo, quanto mais elevada a formação académica, maior a probabilidade de mudança de emprego. Do total, 89% dos profissionais com estudos universitários mudaram de emprego, contra 11% que apresentaram um nível de formação básico.

Espanha regista um dos níveis mais elevados de desemprego na União Europeia, com 24,5% de taxa, cerca de 4,4 milhões de desempregados. Esta taxa é superada apenas pelos 27,3% registados na Grécia, valores muito acima dos 11,5% de média na Zona Euro.