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Desemprego atinge valor mais baixo desde final de 2011
O desemprego caiu para níveis de final de 2011: 13,9%. Taxa caiu 2,5% face a período homólogo e 1,2% face ao primeiro trimestre deste ano. Esta foi a quinta descida trimestral consecutiva da taxa de desemprego.
O desemprego em Portugal voltou a recuar no segundo trimestre. A taxa de desemprego desceu 2,5% face a igual período do ano passado para os 13,9%, o valor mais baixo em dois anos e meio, desde o quarto trimestre de 2011.
Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam que a taxa caiu 1,2% em cadeia, face ao primeiro trimestre deste ano.
Analisando o mercado de trabalho através da população empregada verifica-se que houve um aumento de 2% quer face a 2013 (mais 90 mil pessoas empregadas), quer face ao primeiro trimestre (87,7 mil pessoas).
A subida homóloga confirma a tendência iniciada no último trimestre de 2013, após quase dois anos de descidas sucessivas na população empregada. No total, existem 4,514 milhões de pessoas empregadas em Portugal.
Por sexos, a maior queda teve lugar entre os homens (18,3%) e entre as mulheres (-13,2%). Analisando por faixa etária, a maior descida teve lugar entre os 35-44 anos (-23,2%) e entre os 25-34 anos (-17%).
Por qualificações, a redução do desemprego foi superior nas pessoas com o nível de ensino mais baixo - até ao terceiro ciclo -, num total de 21,6%.
No secundário e pós-secundário, a descida foi de 9,5% e no superior a queda foi de 0,7%.
Também se registou uma redução do desemprego (-18,2%) nas pessoas que procuram novo emprego.
Foi no sector primário que se verificou a maior queda no desemprego: menos 36,6% face ao ano anterior no sector da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. Neste sector verifica-se o efeito da sazonalidade: a redução entre trimestres foi de 32,3%.
Segue-se o sector secundário, com uma redução de 26,5% face a 2013 e de 5,4% face aos primeiros meses do ano. No sector terciário, a redução do desemprego foi de 14,5% em relação a período homólogo e de 10,1% face ao primeiro trimestre.
Em termos de criação de emprego, foi na população com maiores qualificações, ensino superior, que se verificou a maior subida 16,8% face a 2013.
Os contratos sem termo foram os que mais cresceram no segundo trimestre (+4,9%) com destaque para o sector dos serviços, o que mais cresceu (+5%). Por faixa etária, o crescimento do emprego registou-se principalmente entre os 35-44 anos.