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Economistas: PIB terá crescido 0,6% no segundo trimestre

As estimativas dos economistas apontam para que a economia portuguesa tenha crescido uma média de 0,6% no segundo trimestre quando comparado com os primeiros três meses do ano, período em que contraiu na mesma dimensão.

Bruno Simão/Negócios
13 de Agosto de 2014 às 09:00
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O produto interno bruto (PIB) deverá ter observado um crescimento de 0,6% no segundo trimestre do ano, de acordo com a média das estimativas de seis economistas compilada pelo Negócios. As previsões variam entre 1%, para o Montepio, e 0,2% para a Universidade Católica, com esta última a admitir que "a elevada incerteza" que impera deixa a porta aberta a um crescimento maior ou uma contracção económica.

 

Assim, o mais optimista é o Montepio que prevê assim um crescimento em cadeia de 1%, considerando que a economia vai assim conseguir "reverter a pontual e inesperada queda de 0,6%" verificada nos primeiros três meses do ano e que esteve relacionada com "factores temporários" como a paralisação da refinaria de Sines da Galp e o mau tempo.

 

Os últimos dados conhecidos revelam que as exportações portuguesas regressaram ao crescimento em Junho deste ano, com um crescimento homólogo de 8%, a maior subida desde Dezembro do ano passado. Contudo, Junho foi o primeiro mês em quatro em que se verificou um aumento das vendas para o exterior.

 

A segunda estimativa mais alta é a do Citigroup, que prevê um crescimento de 0,9%. A casa de investimento diz que "os dados recentes sugerem que a evolução no primeiro trimestre será compensada por uma recuperação no segundo trimestre", destacando que a confirmar-se a sua previsão de crescimento de 0,9%, será a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2010. "As exportações foram um pouco fracas em Abril e Maio, mas o turismo tem estado muito forte. O consumo privado e o investimento devem continuar a expandir-se em linha com a tendência mais recente", refere o Citigroup.

 

O Millennium bcp antecipa um crescimento de 0,8%, considerando que "esta recuperação [face à queda verificada nos primeiros três meses] deverá ter resultado de um sólido contributo das exportações líquidas e, em menor escala, do consumo privado."

 

Já o BBVA aponta para que a economia nacional tenha crescido 0,4% nos três meses em análise, considerando que as exportações vão justificar este crescimento. O banco estima que as exportações de serviços, como o turismo, vão dar um impulso ao sector exportador neste período. Isto ao mesmo tempo que o consumo interno (que pesa mais de 60% no PIB nacional) verifique um ligeira melhoria face aos valores do primeiro trimestre, devido à queda do desemprego.

 

E os últimos dados do desemprego, e que já se referem ao segundo trimestre do ano, revelam uma queda da taxa de desemprego para 13,9%, o que corresponde ao valor mais baixo desde o quarto trimestre de 2011. 

 

Já o BPI estima, de acordo com a Lusa, que a economia nacional observe um crescimento entre 0,2% e 0,3% no período em análise.

 

A mais pessimista é a Universidade Católica que aponta para 0,2% o crescimento da economia nacional. E deixa muitas dúvidas: "É com redobrada prudência que o NECEP estima que o crescimento do PIB no segundo trimestre seja marginalmente positivo, embora devido à elevada incerteza não estejam excluídas, nem a possibilidade de uma contracção em cadeia, nem o regresso a níveis de crescimento quase normais." O departamento de estudos da Universidade realça que a pesar no PIB estará o abrandamento das exportações, enquanto do lado oposto estará o consumo privado e a redução do desemprego.


O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar os dados do PIB nacional na próxima quinta-feira, 14 de Agosto.

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