Notícia
Economia cresce 0,6% no segundo trimestre do ano
O produto interno bruto (PIB) português avançou 0,6% no segundo trimestre de 2014 em comparação com os três meses anteriores. Em comparação homóloga a economia continua a desacelerar, tendo crescido apenas 0,8%.
O produto interno bruto (PIB) português avançou 0,6% no segundo trimestre de 2014 em comparação com o trimestre anterior, em linha com as estimativas dos analistas e depois de uma quebra de -0,6% nos primeiros três meses do ano. Em comparação homóloga a economia continua a desacelerar, crescendo 0,8% face ao mesmo período de 2013.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação em cadeia (0,6%) significa um regresso da economia ao verde e fica em linha com aquilo que os analistas tinham previsto. Uma média das estimativas de seis economistas compilada ontem, 13 de Agosto, pelo Negócios, apontava precisamente para um crescimento de 0,6%, com as previsões a variarem entre os 1% (Montepio) e 0,2% (Universidade Católica).
o que diz respeito à comparação homóloga, o avanço de 0,8% representa um novo arrefecimento do ritmo económico. Depois de um crescimento de 1,5% no quarto trimestre de 2013, o PIB tinha aumentado 1,3% no arranque do ano, desacelerando agora para os 0,8%.
O INE justifica este resultado com números mais fracos do investimento, que abafaram o um menor crescimento das importações.
Recorde-se que o Governo português espera um crescimento de 1,2% da economia este ano. Um resultado inferior poderá significar um desvio das metas de défice com que está comprometido e uma trajectória de descida mais lenta para a dívida pública. A Comissão Europeia já reviu em baixa a sua previsão para 1%.
O segundo trimestre de Portugal fica em linha com a média dos países da moeda única (0,7%) e abaixo da União Europeia (1,2%). A maior recessão continua a sentir-se em Chipre (-2,5%) e o maior crescimento na Letónia (3,5%).
Numa análise em cadeia dos mesmos três meses, Portugal registou o segundo maior crescimento da Zona Euro, com o mesmo resultado que Espanha e Eslováquia (0,6%) e atrás da Letónia (1%). A Alemanha registou a primeira contracção em cadeia desde 2012, empurrando a Zona Euro para a estagnação económica.