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Taxa de desemprego afunda no segundo trimestre para 8,8%

Impulsionada pelo Verão, a taxa de desemprego portuguesa recuou 1,3 pontos percentuais num só trimestre, caindo de 10,1% para 8,8% entre Abril e Junho, mostram os dados publicados esta manhã pelo INE. É o valor mais baixo desta série, iniciada em 2011.

Bruno Simão/Negócios
09 de Agosto de 2017 às 11:04
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Como tem sido habitual nos últimos anos, o desemprego afundou no segundo trimestre. Desta vez, caiu de 10,1% para 8,8%. Foi esse o valor revelado hoje, 9 de Agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A sazonalidade do mercado de trabalho parece ter tido um impacto importante nesta descida.

Recorde-se que os anteriores valores mensais do desemprego já apontavam para a continuação desta trajectória de descida. Os últimos sinalizavam uma taxa de desemprego de 9,2% e 9% em Maio e Junho, respectivamente. Os dados agora conhecidos para a totalidade do trimestre têm bastante mais informação e, ao contrário dos apuramentos mensais, não são ajustados à sazonalidade. O que significa que não excluem o impacto positivo dos chamados "empregos de Verão". Postos de trabalho criados nesta altura do ano, mas que desaparecem em Setembro e Outubro.

O impacto positivo do Verão é observável de duas formas: onde desce mais o desemprego e em que sectores é criado mais emprego. A primeira tem uma resposta simples. A maior descida da taxa de desemprego ocorreu claramente no Algarve, onde este recuou três pontos percentuais num só trimestre, de 10,6% para 7,6%. Passa, assim, a ter a segunda taxa de desemprego mais baixa do país.

Além disso, os sectores onde foi criado o emprego também mostram um forte "efeito Verão". Entre o primeiro e o segundo trimestre foram criados 102 mil empregos, com a maior parte dos sectores a registar variações positivas. Contudo, há um que se destaca: a hotelaria e restauração viu a sua população empregada disparar mais de 15%. Isto é, mais 44,5 mil postos de trabalho. A este propósito, pode também ser útil olhar para o emprego na agricultura, que aumentou 10,3% face ao trimestre anterior (mais 31 mil empregos). Uma actividade também com flutuação sazonal.  

"A população desempregada, estimada em 461,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 11,9% (menos 62,5 mil), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o 2.º trimestre de 2016. Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 17,5% (menos 97,9 mil)", pode ler-se no destaque do INE.

No que diz respeito ao emprego, observou-se um aumento trimestral de 2,2% (102,3 mil pessoas). "Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se um aumento de 3,4% (mais 157,9 mil), o maior desde o 4.º trimestre de 2013", acrescenta o INE. 
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