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Rússia aumenta em 50% receitas com venda de petróleo até abril, diz IEA

Apesar do embargo mundial ao petróleo russo, a Rússia continuou a exportar para vários países, incluindo da União Europeia. China e Índia têm absorvido reservas rejeitadas pela Europa. Ainda assim, a resiliência da Rússia está a começar a dar sinais de desgaste.

Crise causada pela pandemia afetou setores específicos, como o turismo, mas teve impacto em toda a economia.
Mariline Alves
12 de Maio de 2022 às 12:29
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A Rússia aumentou as receitas com a venda de petróleo 50% este ano, apesar das restrições comerciais impostas por vários países após a invasão da Ucrânia. A previsão é da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que nota que a China e a Índia têm comprado as reservas de petróleo recusadas pela União Europeia.

No relatório mensal divulgado esta quinta-feira, a IEA indica que, "apesar da crescente pressão internacional e da queda na produção de petróleo, as exportações russas [de petróleo] mantiveram-se, até agora, em alta" e permitiram a Moscovo um retorno financeiro "inesperado" em comparação com os primeiros quatro meses de 2021.

A IEA dá conta que as exportações de petróleo continuaram a fluir para a Europa, até abril deste ano, embora a União Europeia caminhe para um embargo total ao petróleo proveniente da Rússia. Ao todo, o petróleo russo representou 43% das exportações da Rússia desde o início do ano.

Ainda assim, a resiliência da Rússia está a começar a dar sinais de desgaste. A IEA indica que a Rússia colocou no mercado menos um milhão de barris por dia em abril e que essas perdas podem triplicar no segundo semestre do ano.

Os stocks de petróleo estão a cair há sete trimestres consecutivos, com as reservas dos chamados produtos destilados médios (como o gasóleo e o jet fuel) a atingirem o menor nível desde 2008. 

Caso a União Europeia avance com o embargo total ao petróleo russo – a Hungria está a bloquear o processo e exige diz que medida só deve avançar com novas ajudas financeiras de Bruxelas –, a IEA diz que "acelerará a reorientação dos fluxos comerciais que já está em andamento e irá forçar as petrolíferas russas a fechar mais poços".
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