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OCDE sugere salário mínimo mais baixo para os jovens

A organização sedeada em Paris considera que a diferenciação pode ajudar ao ingresso no mercado de trabalho. Adverte ainda que o salário mínimo não tem garantido em vários países, entre os quais Portugal, que os trabalhadores se mantenham acima do limiar de pobreza.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 06 de Maio de 2015 às 18:52
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"Um nível mais baixo mas obrigatório para os jovens pode ajudar a manter níveis mínimos salariais ao mesmo tempo que serve de compensação a barreiras específicas que os mais novos enfrentam quando querem entrar no mercado de trabalho". A sugestão de generalização de um salário mínimo diferenciado para os jovens trabalhadores é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

 

Num relatório publicado nesta quarta-feira, 6 de Maio, a OCDE chama ainda a atenção para o facto de, em vários países, o salário mínimo não garantir a quem o aufere que escapa à pobreza. Usando dados de 2013, ainda sem a actualização recente que fez passar o valor do salário mínimo português de 485 para 505 euros mensais, a OCDE chega à conclusão de que um adulto com dois filhos a cargo teria, em Portugal, de trabalhar mais de 60 horas por semana para não cair abaixo do limiar de pobreza se o seu salário tivesse por referência esse montante mínimo legal.

 

Portugal surge na metade superior dessa tabela da OCDE que é liderada pela República Checa, Estónia, Grécia, Coreia e Espanha onde "as horas de trabalho necessárias para escapar da pobreza com um salário mínimo são irrealistas, em particular para as famílias monoparentais".

 

Embora na esmagadora maioria dos países a actividade económica esteja agora bem acima dos níveis de 2007, a OCDE sublinha que persistem grandes disparidades em termos de acesso a emprego e salários, especialmente entre os grupos mais desfavorecidos. "Em mais de um em cada três países da OCDE, os salários pagos no limite inferior do espectro salarial continuavam a ser mais baixos em 2013 do que eram seis anos antes". Ou seja, "baixos salários e pobreza no trabalho eram já grandes desafios das políticas públicas antes do início da crise económica e, desde então, esses desafios tornam-se mais agudos, dado que os níveis salariais caíram ou estagnaram em muitos países da OCDE".

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