Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Cristiana formou-se e sente-se como "peixe na água" que analisa

Cristiana Silva trabalhava a tempo inteiro num cinema em Vizela. Em 2009, não lhe renovaram o contrato e ficou desempregada. Mas encarou a nova condição como uma oportunidade: para concluir o secundário e para "apostar em seguir um caminho diferente".

Paulo Duarte/Negócios
Bruno Simões brunosimoes@negocios.pt 28 de Fevereiro de 2013 às 00:01

Tirou um curso profissional de técnica de análise laboratorial, está agora a fazer o estágio e sente-se como "peixe dentro de água". Quando este semestre terminar, terá o 12º ano na mão e maiores possibilidades de encontrar trabalho.

"Fiquei desempregada em 2009. No cinema em que trabalhava não me renovaram o contrato", explica Cristiana, natural de Guimarães, agora com 31 anos. Teve um ano de subsídio de desemprego, mas não conseguiu encontrar um novo emprego durante esse período. Resolveu então ver o lado menos mau do desemprego. "Uma vez que estava desempregada, apostei na formação para seguir um caminho diferente". Um amigo deu-lhe a conhecer a oferta de cursos profissionais de uma escola de Famalicão e Cristiana ficou seduzida pelo de análises clínicas.

"Eu nem sequer tinha conhecimento que havia este tipo de cursos, nesta área de formação", reconhece Cristiana Silva. "O que me chamou a atenção foi o nome diferente, pomposo" do curso, explica. Em 2010, a vimaranense candidatou-se ao curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de técnico de análise laboratorial na Escola Profissional Bento Jesus Caraça, em Pedome (Famalicão). "Cheguei a ir a entrevistas colectivas no Centro de Emprego, mas entretanto fui chamada para o curso, resolvi fazer o esforço e tentei conciliar a minha vida com ele", recorda.

No início não foi fácil. A morar em Serzedelo, freguesia de Guimarães, e sem subsídio de desemprego, Cristiana teve de começar ir para o curso "de transportes públicos" e contar com a boleia da mãe para regressar a casa (o curso era nocturno, pelo que a mãe tinha de a ir buscar às 23h). Mas cedo percebeu que o esforço valia a pena. "Estou a gostar bastante, gostei da formação, estou no laboratório a trabalhar [estágio] e sinto-me como peixe dentro de água".

Quando o estágio que está a realizar num laboratório de microbiologia acabar, Cristiana não sabe se vai conseguir arranjar trabalho. Mas gostava: "a minha vontade é conseguir singrar nesta área, porque gosto bastante". Até Abril, a vimaranense vai analisar alimentos e água para consumo.

Escola custeia a formação

Cristiana não paga o curso que está a tirar. "A escola concedeu-me uma bolsa que me paga as despesas da formação". O curso tem uma carga horária total de 3.100 horas, e a componente técnica abrange mais de metade dessa carga horária (1.600 horas).

Além da certificação profissional, Cristiana Silva ficou com o 12º ano concluído (não tinha acabado o 10º ano de Humanidades quando começou a trabalhar)."

Ver comentários
Saber mais mudar de vida Cristiana Silva
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio