Em causa, estão 174 grandes empresas com 40 ou mais anos e que se mantêm activas, num estudo em que a D&B analisa o perfil das sociedades criadas até ao final do ano da Revolução dos Cravos e que prestaram contas relativas a 2012.

O documento compara também estas empresas com a totalidade do tecido empresarial português, não incluindo os sectores da banca e seguros.

No que respeita ao volume de negócios gerado pelas grandes empresas em 2012, uma fatia de 25% teve origem naquelas que nasceram antes do final de 1974. Estas representam também 26% do número total de trabalhadores empregados pelas empresas desta dimensão.

Quanto menor é a dimensão das empresas analisadas neste estudo, mais pequeno é o peso de empresas com 40 ou mais anos de existência. Assim, estas últimas representam 20% das actuais empresas de média dimensão (entre 10 e 50 milhões de euros de volume de negócios), 12% das pequenas empresas (2 a 10 milhões de euros) e apenas 5% das microempresas (menos de 2 milhões).

Já a distribuição das empresas por dimensão, comparando as nascidas antes do final de 1974 e a totalidade do tecido empresarial português, "é muito semelhante", nota a Informa D&B. Nos dois casos, mais de 70% das empresas são microempresas.

Em termos de controlo accionista, as empresas com 40 ou mais anos "têm mais frequentemente como accionista principal outra empresa", lê-se também na análise. Uma fatia de 13% das que foram criadas até ao final de 1974 "são detidas maioritariamente por outra empresa", enquanto "no tecido empresarial este facto apenas se verifica em 8% das empresas".

A companhia aérea TAP, a Soporcel, as construtoras Mota-Engil, Soares da Costa e Teixeira Duarte, a Jerónimo Martins, a Sonae e a Luís Simões são algumas das empresas criadas até 1974 que hoje mantêm atividade.

A análise realizada pela D&B tem como base a informação financeira individual de cada empresa, identificada através do número de identificação fiscal.

Apenas 5% das empresas que estão activas em Portugal nasceram até ao final de 1974, segundo uma análise realizada pela Informa D&B.

Num universo de 317.335 empresas que publicaram contas relativas ao ano de 2012, apenas 16.364 (5%) tinham sido criadas até ao final do ano da Revolução de Abril, indica a Informa D&B no estudo, que não inclui os setores da banca e seguros.

Já o peso destas empresas com 40 anos ou mais, em termos de volume de negócios, é maior: representam 19% do volume de negócios do tecido empresarial português, totalizando 53,8 mil milhões de euros num total de 290 mil milhões de euros.

No que respeita ao volume de emprego, estas empresas representam 14% do número total de trabalhadores do tecido empresarial português. Este peso corresponde a 326.575 empregados, num universo de 2,3 milhões.

Já as empresas mais jovens, criadas nos últimos cinco anos, representam 34% do tecido empresarial analisado. A maior fatia são as empresas entre os seis e os 19 anos, com um peso de 44%.

As empresas maduras, com 20 ou mais anos de atividade - incluindo as que nasceram até ao final de 1974 - têm um peso menor: perfazem 22% do número total das que estão ativas. Apesar de ser em menor quantidade, este grupo representa 50% do volume de negócios agregado do tecido empresarial e 44% do volume de emprego.

Das empresas criadas até ao final de 1974, e que ainda hoje continuam activas, a maior fatia (25,8%) concentra-se no sector do retalho, conclui uma análise da Informa D&B.

As empresas de retalho criadas até ao final de 1974 totalizam 4.216 empresas, num universo de 16.364 empresas nascidas nesse mesmo período e que prestaram contas relativas a 2012, segundo a mesma análise, que não inclui os setores da banca e seguros.

Outros sectores importantes são as indústrias transformadoras e os transportes, que representam respectivamente 16% e 15,6% do número total de empresas com 40 anos ou mais. Já o sector de alojamento e restauração tem aqui uma fatia de 15%.

Na análise realizada, a Informa D&B nota que estas empresas nascidas até ao final de 1974 apresentam "um perfil sectorial distinto" da totalidade do actual tecido empresarial português.

Entre as 317.335 empresas que apresentaram contas relativamente a 2012, é o sector dos serviços que assume uma maior importância, com 23,4% do total. Seguem-se os sectores do retalho (17%), da construção (11,2%) e das indústrias transformadoras (10,9%).

Já em termos de volume de negócios registado em 2012, o perfil entre os dois grupos é semelhante. As empresas com 40 ou mais anos concentram no sector das indústrias transformadoras a maior fatia de receitas, com 32,2%. Na totalidade do tecido empresarial, é igualmente o sector das indústrias transformadoras que agrega mais volume de negócios, com 25,7% do total.

As diferenças de perfil entre as empresas nascidas com 40 anos ou mais e o conjunto do tecido empresarial estendem-se às regiões.