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PS reitera "prioridade" de repor rendimentos mas não "no primeiro dia nem num só dia"

O vice-presidente da bancada socialista, José Junqueiro, reiterou esta sexta-feira que, quando o PS for Governo, os socialistas terão como "prioridade progredir no sentido da reposição dos rendimentos", mas não "no primeiro dia nem num só dia".

21 de Março de 2014 às 14:25
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"O PS no Governo terá como prioridade progredir no sentido da reposição dos rendimentos dos portugueses, não o fará no primeiro dia nem num só dia", afirmou José Junqueiro aos jornalistas no Parlamento.

 

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, exigiu hoje um esclarecimento por parte do secretário-geral do PS, António José Seguro, sobre a sua posição relativamente à reposição de rendimentos dos portugueses, após declarações do conselheiro económico socialista Óscar Gaspar.

 

"O PS não faz demagogia sobre esta matéria e os portugueses entendem bem porquê, porque a austeridade excessiva e os cortes excessivos não permitirão que isso aconteça no primeiro dia, nas não impedem que o PS faça como seu desígnio e seu projecto repor os rendimentos dos portugueses", frisou.

 

"Não faremos como o doutor Pedro Passos Coelho, que escreveu o seu programa eleitoral no dia 1 de Abril e quando chegou ao Governo fez tudo ao contrário do que tinha dito", acusou.

 

José Junqueiro insistiu ainda que "o PS fez uma proposta ao PSD para um debate que respondesse a uma pergunta sobre se o País está melhor ou pior e fez também um apelo no sentido de o PSD e o Governo se reunir em torno de um grande consenso nacional sobre o salário mínimo".

 

"O Governo fugiu e tentou o 'fait-divers'", afirmou, defendendo que, "para um consenso nacional em torno do salário mínimo, só falta mesmo o PSD".

 

"Não há varinhas mágicas na economia"

 

Na quarta-feira à noite, na SIC Notícias, questionado se o PS quando for Governo irá repor os salários, pensões e prestações sociais ao nível de 2011, o conselheiro económico do PS Óscar Gaspar respondeu: "A resposta séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011 porque não é possível. As contas públicas portuguesas não o permitem".

 

Na quinta-feira, o porta-voz do PSD e coordenador da comissão política Marco António Costa pediu para que o PS esclarecesse se as afirmações do conselheiro de António José Seguro "coincidem com as do Governo, e com o realismo da situação, ou se é a posição que tantas vezes se ouve pela voz de outros dirigentes do PS que prometem o céu e a terra aos portugueses" perto das eleições.

 

Na resposta, Óscar Gaspar garantiu, à margem de uma sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", que "ao contrário do Governo", o PS trabalhará, quando chegar ao Executivo, para repor salários e pensões, mas sublinhou que "não há varinhas mágicas na economia".

 

"Creio que o País espera clareza do principal partido da oposição e do seu líder relativamente a uma matéria tão importante", insistiu hoje Montenegro. O deputado social-democrata afirmou ainda que a intervenção de Óscar Gaspar foi "uma aproximação maior à realidade" por parte do PS, mas que o seu "principal protagonista é o seu secretário-geral e a ele deve ser pedido que esclareça a sua posição".

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