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Marco António Costa diz que "caiu a máscara" ao PS

O vice-presidente do PSD Marco António Costa acusou hoje o PS ter "enganado e iludido" os portugueses, considerando que "caiu a máscara" aos socialistas quando reconheceram que não será possível repor os níveis salariais anteriores a 2011.

Bruno Simão/Negócios
21 de Março de 2014 às 15:06
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"O PS aquilo que faz é grandes proclamações piedosas de políticas para tentar iludir os portugueses, mas sabe e tem consciência que aquilo que está a dizer não é possível, não é realizável. E ontem [quinta-feira] caíram as mascaras", afirmou o vice-presidente e porta-voz do PSD, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com responsáveis da CGTP-IN.

 

Na quarta-feira à noite, na SIC Notícias, e questionado sobre se o PS quando for Governo repõe os salários, pensões e prestações sociais ao nível de 2011, o conselheiro económico do PS Óscar Gaspar respondeu: "A resposta séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011 porque não é possível. As contas públicas portuguesas não o permitem".

 

Na quinta-feira, o porta-voz do PSD e coordenador da comissão política Marco António Costa pediu para que o PS esclarecesse se as afirmações do conselheiro de António José Seguro "coincidem com as do Governo, e com o realismo da situação, ou se é a posição que tantas vezes se ouve pela voz de outros dirigentes do PS que prometem o céu e a terra aos portugueses" perto das eleições.

 

Na resposta, Óscar Gaspar garantiu, à margem de uma sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", que "ao contrário do Governo", o PS trabalhará, quando chegar ao executivo, para repor salários e pensões, mas sublinhou que "não há varinhas mágicas na economia".

 

Insistindo que "algum discurso político que o PS tem feito em Portugal sobre matérias de rendimentos é para iludir eleitoralmente os portugueses", Marco António Costa afirmou que até agora os socialistas declaravam que quando fossem Governo que recolocariam todos os níveis de rendimento salarial e de pensões que existiam.

 

"Finalmente ontem compreendemos que isso não é assim, porque o PS ontem não pôde fugir mais à questão e teve que reconhecer que aquilo que andou a dizer nestes três anos é impossível e, portanto, teve que se confrontar com a realidade e reconhecer perante a opinião pública que estava a enganar os portugueses e a iludir os portugueses", acrescentou o coordenador da comissão política social-democrata.

 

Questionado se isto significa que PSD e PS estão agora mais longe de um consenso, o vice-presidente social-democrata contrapôs essa ideia, sustentando que "no debate político" estão mais próximos, porque existe uma coincidência de pontos de vista".

 

"Nós entendemos que não é possível repor os níveis salariais anteriores a 2011, nem os níveis das pensões anteriores a 2011, o PS que andou a dizer que era possível, reconheceu ontem que isso não era possível. Está a aproximar das posições que o PSD sempre teve de grande seriedade relativamente a esta matéria", vincou.

 

Também em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, criticou a posição dos socialistas, frisando que "não basta dizer que se é da oposição, é preciso provar que se é da oposição".

 

"O PS ou se demarca do Tratado Orçamental e diz que quer ser oposição a sério e apresenta propostas alternativas ou então fica numa situação de prisioneiro do tratado orçamental e dificilmente poderá fazer algo de diferente do Governo", acrescentou.

 

Sobre a reunião com o PSD, o secretário-geral da CGTP-IN admitiu que a central sindical e os sociais-democratas estão "em polos muito distintos", apontando a questão do salário mínimo como uma das matérias em que não há consenso.

 

Arménio Carlos alertou ainda que o facto de o Governo reconhecer agora que os cortes nos salários e pensões "são para manter levanta uma nova questão relativamente ao Tribunal Constitucional, já que os juízes do Palácio Ratton admitiram a "a passagem de algumas matérias no pressuposto que era uma medida provisória".

 

 

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