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Portugal é o país da UE que recebe mais remessas do estrangeiro

Um relatório do Eurostat mostra que as remessas de dinheiro transferidas por residentes na UE para países extracomunitários em 2016 foi de 30,3 mil milhões de euros, bem acima dos 9,9 mil milhões vindos de Estados exteriores ao bloco europeu. Se França é o Estado-membro da UE com saldo mais negativo, Portugal apresenta o segundo saldo mais positivo.

Sofia A. Henriques/Negócios
13 de Novembro de 2017 às 11:32
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Em 2016, foram feitas transferências pessoais para Portugal no valor de 3,343 mil milhões de euros (o valor mais elevado entre os países da União Europeia), dos quais 2,091 mil milhões provieram de outros Estados-membros da União Europeia e os restantes 1,252 mil milhões de euros foram transferidos de países extracomunitários.

 

De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira pelo Eurostat, no ano passado foram ainda realizadas transferências pessoais de dinheiro de Portugal para o exterior num montante de 534 milhões de euros. Destes, 101 milhões foram transferidos para outros países da UE e os restantes 433 milhões para Estados externos ao bloco europeu.


O gabinete de estatísticas da UE nota que os dados referentes a Portugal dizem somente respeito às remessas de dinheiros feitas por trabalhadores, pelo que são excluídas todas as transferências pessoais realizadas por não trabalhadores.

 

Os dados do Eurostat mostram que em 2016 Portugal registou um saldo positivo entre transferências enviadas e recebidas de 2,809 mil milhões de euros, só atrás do saldo de 2,822 mil milhões de euros da Polónia. Apesar de receber o maior volume de remessas, Portugal fica atrás da Polónia no que diz respeito ao saldo entre transferências pessoais feitas e recebidas porque o valor de remessas feitas a partir de residentes na Polónia é de apenas 192 milhões de euros.

 

Surge depois a Roménia com um saldo positivo de 2,236 mil milhões de euros. São 13 os Estados-membros da União com saldo positivo, embora os restantes 10 apresentem valores inferiores a mil milhões de euros.

 

No pólo oposto surge a França, com um saldo negativo de 9,420 mil milhões de euros. No ano passado, os residentes em França realizaram transferências de 2,473 mil milhões de euros para outros países da UE e 7,512 mil milhões de euros para países externos ao bloco europeu.

 

Remessas feitas para fora da UE diminuíram face a 2015

 

O fluxo de dinheiro transferido, em 2016, por residentes na UE para países não pertencentes à União foi de 30,3 mil milhões de euros, o que representa uma redução comparativamente com o total de 31,3 mil milhões de euros transferidos em 2015.

 

Já as remessas feitas por cidadãos que habitam fora da UE para o espaço comunitário foi de 9,9 mil milhões de euros em 2016, pelo que a União registou um balanço negativo de 20,4 mil milhões de euros entre transferências feitas e recebidas com o resto do mundo.

 

A maior parte das transferências de dinheiro é feita por migrantes para os seus países de origem. 

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