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Portugal é o país da UE com maior excedente de remessas dos emigrantes

Portugal é o país da União Europeia que registou o maior excedente de remessas dos emigrantes em 2017, segundo o Eurostat.

Bruno Simão/Negócios
15 de Novembro de 2018 às 11:44
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3.076 milhões de euros. Foi este o saldo que Portugal registou entre as remessas dos seus emigrantes (portugueses que estão noutros países) e os imigrantes (estrangeiros que estão em território nacional) enviadas para os seus respectivos países.

De acordo com os dados publicados esta quinta-feira, 15 de Novembro, pelo Eurostat, Portugal registou o maior excedente da União Europeia em 2017.

Portugal não só é o país que regista o maior excedente como de facto é o que mais remessas recebe dos seus emigrantes: 3.555 milhões de euros, distribuídos por 2.117 milhões de euros com origem em Estados-membros da União Europeia e 1.437 milhões de euros de outros países. Este valor representa uma pequena subida face aos 3.343 milhões de euros registados em 2016.
Por outro lado, em 2017, os imigrantes em Portugal enviaram para os seus países de origem 518 milhões de euros: 103 milhões de euros para outros países da UE e 415 milhões de euros para fora do espaço europeu. 

O gabinete de estatísticas europeu ressalva que os dados referentes a Portugal dizem somente respeito às remessas de dinheiro de trabalhadores, pelo que são excluídas todas as transferências pessoais realizadas por não trabalhadores.

No conjunto da União Europeia, o saldo é negativo: -22 mil milhões de euros. Ou seja, os imigrantes na União Europeia enviam muito mais dinheiro para os seus países de origem, fora da Europa, (32,7 mil milhões de euros) do que os emigrantes europeus noutros países enviam para a UE (10,7 mil milhões de euros).

O saldo é largamente prejudicado por França, com um défice de 10 mil milhões de euros, seguida de Espanha, Reino Unido e Itália. A maior parte das saídas de remessas de imigrantes tinham como destino a Ásia (20%). Segue-se a América do Sul (19%), a África Central e do Sul (14%) e países europeus que não são da UE (13%).

A maior parte das transferências de dinheiro é feita por migrantes para os seus países de origem. 
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