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PCP acusa Rio de “má-fé e desonestidade política” na comparação entre Avante e estádios de futebol

O líder do PSD afirmou que, mesmo que se reduza a lotação do Avante em 50%, será como o Estádio do Porto ou Sporting completamente cheios.

Pedro Ferreira
13 de Agosto de 2020 às 11:44
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O PCP reagiu esta quinta-feira às afirmações do líder do PSD, que comparou a lotação da festa do Avante com a dos estádios de futebol, acusando Rui Rio de má-fé e desonestidade política.

Em causa está uma publicação no Twitter, em que o social-democrata refere que, mesmo que a lotação do Avante seja reduzida em 50%, passará a corresponder ao Estádio do Porto ou do Sporting cheios. 

"Se reduzirem a lotação máxima (100.000 pessoas) em 50%, ela passará a corresponder ao Estádio do Porto ou do Sporting completamente cheios. Aguardo com expectativa qual será a anunciada redução que o Governo irá fazer, em coerência com a sua obrigação de defesa da saúde pública", escreveu Rui Rio no Twitter.

Em comunicado, o PCP reage dizendo que há "afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo".

"Comparar lotações de estádios de futebol fingindo ignorar a diferença de área desses espaços com o terreno da Festa do Avante!, que é cerca de 20 vezes maior, só pode ser compreendido por ma-fé e desonestidade política subjacentes aos tiques da conhecida intolerância democrática desta pessoa", conclui o PCP.

Os comentários de Rui Rio surgiram depois de a ministra da Saúde ter defendido ontem que lotação da Festa do Avante!, organizada pelo PCP, teria este ano de ser inferior à capacidade máxima de 100 mil pessoas do recinto no Seixal, por causa da covid-19.

"É evidente que estamos a falar, teremos que falar de outros números", declarou Marta Temido na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia. "Compreendo que se fale de um número de 100 mil, na medida do que será a licença de utilização, mas estamos num momento específico, num contexto específico", acrescentou.

A ministra assegurou que à organização da Festa do Avante! "não será permitido o que está proibido nem proibido o que está permitido" e que "não haverá exceções" às regras adotadas pelas autoridades de saúde para conter o contágio pelo novo coronavírus.

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