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Passos Coelho: Redução do défice e da dívida não será abandonada por haver eleições

O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que o Governo mudou o perfil estrutural da economia ao longo do mandato e garantiu que não abandonará os objectivos de redução do défice e de controlo da dívida em ano eleitoral.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Janeiro de 2015 às 22:31
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Pedro Passos Coelho discursava, em Lisboa, numa sessão organizada pelo PSD no âmbito das jornadas "Consolidação, crescimento e coesão", promovidas pelos sociais-democratas em vários pontos do país até ao final de Janeiro.

 

O primeiro-ministro e líder social-democrata recordou que a correcção dos desequilíbrios externos foi conseguida e que, do ponto de vista da economia do país, houve "uma grande correcção" à qual "falta corrigir o desequilíbrio do desemprego".

 

"No plano externo foram corrigidos, temos registado excedentes do ponto de vista da nossa balança externa" afirmou Pedro Passos Coelho, acrescentando que, internamente, o forte desequilíbrio herdado, superior a 10% em 2010, chegará este ano claramente a menos de 3%".

 

Numa intervenção centrada na defesa do rumo seguido pelo Governo, Passos Coelho defendeu que aqueles que têm responsabilidades "não podem ir mudando de opinião à medida que o tempo vai passando e que a opinião pública vai evoluindo nas suas percepções".

 

"Os que atuam dessa maneira perdem toda a credibilidade, nós mantivemos sempre o nosso rumo, dissemos sempre que Portugal, para crescer, não pode ter um Estado tão endividado, um Estado demasiado endividado vai buscar demasiado dinheiro aos impostos. Por isso, fazemos tanta questão na redução do défice e no controlo da dívida e não abandonámos essa visão, não a estamos a suavizar, não estamos a dourar a pílula apenas porque nos aproximamos de um período eleitoral", assegurou.

 

Antes, Passos Coelho garantiu que, além da redução do défice e da dívida, também as reformas estruturais na economia "correspondem a uma estratégia de médio e longo prazo" que "não vão passar simplesmente pela ausência de pressão externa" e de ter terminado a assistência da 'troika'.

 

Já em relação à despesa, o presidente do PSD advertiu que "não pode crescer mais do que o rendimento" e que essa deve ser "uma espécie de regra de ouro para a sociedade".

 

"Temos conseguido no essencial atingir os objectivos a que nos propusemos", afirmou Pedro Passos Coelho, referindo que o clima de negócios está melhor e, em sectores como o turismo ou a inovação, "têm sido batidos recordes atrás de recordes".

 

O chefe do Governo citou depois um seu familiar, que não identificou, para defender que a sociedade se deve empenhar para alcançar o "limiar crítico" para "dar o salto para outro nível de crescimento e de bem-estar" e "ganhar confiança para fazer o que falta" no país.

 

"Aqui há muitos anos uma pessoa de família, uma pessoa antiga, que teria mais de cem anos, costumava dizer-me quando era garoto: olha menino, o que custa é ser rico, de rico a riquíssimo é um instante! Claro que nem sempre é assim, mas esta imagem serve para ilustrar que há um limiar crítico que está associado ao crescimento e ao desenvolvimento, que quando não é atingido nunca nos permite sair da pobreza e da dívida", sustentou.

 

"É aos portugueses, no essencial, que devemos esta capacidade para sonhar hoje mais alto, mas é também à determinação e à estratégia que temos prosseguido. Devemos não andar aos ziguezagues e a minar a confiança que os portugueses merecem que seja elevada a um novo patamar", concluiu Passos Coelho.

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