Notícia
New York Times: Troika em Portugal vai ver que o país já aprendeu com a Grécia
Carlos Moedas defende que a forma de fiscalizar o que está a ser feito no programa de resgate em Portugal é inovadora. Mas há muitos desafios pela frente.
10 de Agosto de 2011 às 11:50
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São Bento até pode estar com um cheiro a tinta nova mas a troika quer descobrir mudanças menos superficiais do que essa “antes de passar o próximo cheque”. É assim que começa o artigo que o “New York Times” escreveu sobre a visita dos responsáveis internacionais que vão analisar o progresso feito por Portugal desde que recebeu o pacote de assistência financeira.
Para começar, Portugal já aprendeu com o que aconteceu com a Grécia. Pelo menos, é essa a certeza de Carlos Moedas, secretário de Estado português. “O que aprendemos com a Grécia tem tudo a ver com a implementação”, cita o jornal norte-americano.
“A forma de fiscalizar a implementação que estamos a impor é completamente nova em Portugal e acredito que se está até à frente do que foi feito em programas passados do FMI”, comenta Moedas.
Aliás, o jornal salienta que o actual Governo ainda consegue estar a impor um sentimento positivo no país, através da opinião do economista Pedro Reis, autor do livro “Voltar a Crescer”, cujo prefácio é escrito pelo actual primeiro-ministro, Passos Coelho.
“Há um sentimento real e transversal de alívio, de que estamos a ser ajudados por especialistas financeiros qualificados, porque as pessoas estão totalmente fartas dos erros de gestão dos nossos políticos”, diz Reis, de acordo com o artigo do “New York Times”, que ouviu ainda gestores e empresários portugueses, como António Mexia e Nuno Vasconcellos.
Contudo, o jornal refere que há muitos desafios pela frente. As privatizações numa altura de queda em bolsa, os juros elevados que continuam a ser pedidos no mercado secundário, o elevado défice orçamental de Junho - “que deixa quase três pontos percentuais para serem cortados até ao final do ano”.
Além disso, permanece o grande problema, na opinião do administrador executivo da EDP, uma das empresas a privatizar no seio do programa de resgate. “O principal problema tem que ver com liquidez. Sem liquidez, secamos ao Sol”.
Para começar, Portugal já aprendeu com o que aconteceu com a Grécia. Pelo menos, é essa a certeza de Carlos Moedas, secretário de Estado português. “O que aprendemos com a Grécia tem tudo a ver com a implementação”, cita o jornal norte-americano.
Aliás, o jornal salienta que o actual Governo ainda consegue estar a impor um sentimento positivo no país, através da opinião do economista Pedro Reis, autor do livro “Voltar a Crescer”, cujo prefácio é escrito pelo actual primeiro-ministro, Passos Coelho.
“Há um sentimento real e transversal de alívio, de que estamos a ser ajudados por especialistas financeiros qualificados, porque as pessoas estão totalmente fartas dos erros de gestão dos nossos políticos”, diz Reis, de acordo com o artigo do “New York Times”, que ouviu ainda gestores e empresários portugueses, como António Mexia e Nuno Vasconcellos.
Contudo, o jornal refere que há muitos desafios pela frente. As privatizações numa altura de queda em bolsa, os juros elevados que continuam a ser pedidos no mercado secundário, o elevado défice orçamental de Junho - “que deixa quase três pontos percentuais para serem cortados até ao final do ano”.
Além disso, permanece o grande problema, na opinião do administrador executivo da EDP, uma das empresas a privatizar no seio do programa de resgate. “O principal problema tem que ver com liquidez. Sem liquidez, secamos ao Sol”.