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Ministros das Finanças europeus e do G7 discutem hoje ajuda à Irlanda (act)

Irlanda deverá anunciar hoje uma subida do IRC, novo imposto sobre os ricos, corte de salário mínimo e apoios sociais. O recurso ao fundo de ajuda internacional está mais perto e será discutido esta noite pelos ministros das Finanças da União Europeia e do G7.

21 de Novembro de 2010 às 12:55
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Os ministros das Finanças da União Europeia vão ter esta noite uma conferência telefónica para discutir os progressos nas negociações entre a Irlanda, a Comissão Europeia e o FMI para o país recorrer a ajuda internacional.

A notícia é avançada pela Bloomberg, numa altura em a Irlanda está a tentar intensificar as negociações com vista a recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira para resolver os problemas da banca do país e colocar a Irlanda sem necessidade de se financiar durante vários anos.

De acordo com a AFP, citada pela Lusa, também os ministros das Finanças dos países do G7 vão efectuar uma reunião por teleconferência. "Esta reunião dos representantes do G7 vai realizar-se depois das consultas previstas entre os ministros das Finanças dos países da zona euro, por um lado, e depois da reunião da União Europeia, por outro", disse uma das fontes.

O Governo irlandês está hoje reunido em Conselho de Ministros e deverá, depois de concluída a reunião, detalhar o plano de consolidação orçamental do país para os próximos quatro anos.

O objectivo de Dublin passa por apresentar este plano antes de activar o pedido de ajuda internacional, para mostrar que o seu conteúdo não foi pressionado por Bruxelas e pelo FMI. O ministro das Finanças irlandês anunciou já que vai recomendar ao Governo que oficialize o pedido de ajuda internacional.

A imprensa avança já com detalhes deste plano, com o qual a Irlanda pretende equilibrar as suas contas públicas. Segundo o Business Post, dois terços do plano será obtido através de cortes de despesas e o restante com aumento de impostos.

As contribuições da Segurança Social vão ser reduzidas em 5% no próximo ano, num corte total que atingirá 11% até 2011.

O salário mínimo, actualmente em 8,65 euros por hora, irá descer ao longo dos próximos quatro anos. Dublin prevê ainda reduzir 20 mil empregos na função pública.

O mesmo jornal avança também na edição de hoje, citada pela Bloomberg, que ao aceder à ajuda internacional, a Irlanda não necessitará de recorrer aos mercados internacionais durante três anos para se financiar.

O Business Post adianta que o valor da ajuda chegará aos 90 mil milhões de euros, sendo que 10 mil milhões serão injectados de forma imediata nos bancos com problemas, sendo ainda criado um fundo de contingência para recapitalização dos bancos caso seja necessário.

Mas o valor da ajuda que a Irlanda vai receber não é ainda certo, tendo a imprensa avançado com números que oscilam entre os 80 e 120 mil milhões de euros.

O “Sunday Times” adianta que a Irlanda vai receber 120 mil milhões de euros de ajuda, efectuar aumentos de impostos e aumentar o controlo da banca, com o Allied Irish Banks a ser nacionalizado totalmente.

Entre o aumento de impostos, constará uma subida da taxa de IRC de 12,5% (a mais baixa da Zona Euro) para 15% e um novo imposto sobre os mais ricos.

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