Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Miguel Cadilhe rejeita acusações de Oliveira e Costa e diz que este "não é Jesus Cristo"

O ex-presidente do banco Português de Negócios (BPN) e da SLN, Miguel Cadilhe, garantiu hoje que nunca teve nenhuma proposta efectiva ou credível para compra do grupo e rejeitou as acusações que lhe fez Oliveira e Costa.

26 de Maio de 2009 às 20:37
  • ...
O ex-presidente do banco Português de Negócios (BPN) e da SLN, Miguel Cadilhe, garantiu hoje que nunca teve nenhuma proposta efectiva ou credível para compra do grupo e rejeitou as acusações que lhe fez Oliveira e Costa.

"De modo nenhum, em consciência, me sinto Pilates", disse Cadilhe, aludindo à personagem com quem o antigo presidente do Grupo o comparou, para rematar que "Oliveira e Costa não é Jesus Cristo".

"Houve algumas tentativas de aproximação fantasiosas, que surgiam sempre em momentos críticos", como véspera de reunião de accionistas, da apresentação do plano de salvamento ou conferencias de imprensa, mas "nunca tive nenhuma proposta efectiva ou credível", afirmou Miguel Cadilhe em declarações à agência Lusa.

As declarações de Cadilhe seguem-se em resposta a acusações feitas hoje no Parlamento pelo fundador e antigo presidente da Sociedade Lusa de negócios (SLN) e do BPN, de que Miguel Cadilhe teria sido o indutor do boicote à negociação da venda ao Grupo Carlyle.

"Nem do Grupo Carlyle, nem de árabes", reafirmou, advogando que "se tivesse tido alguma proposta tê-la-ia levado aos accionistas".

Sem querer adiantar quem lhe fazia chegar essas "intenções nebulosas" de negócio, o gestor revelou, contudo, que "não era através de accionistas" e que também a estes chegaram algumas que os próprios concluíram serem "apenas intenções".

Sobre as acusações de "trabalhou" a imprensa para por notícias negativas", o gestor considera "medonha" esta acusação.

"Disse que encontrei situações que não imaginaria encontrar e mandei parar práticas evasivas, pouco transparentes e irregulares, o que se soube fora do Grupo", mas "longe de mim trabalhar a imprensa contra o Grupo", afirmou.

Miguel Cadilhe, que presidiu à SLN e BPN depois do afastamento de Oliveira e Costa e até à nacionalização do banco, reagiu ainda ao comentário de Oliveira e Costa, de que o seu sucessor "ganhou mais com a ida para o Grupo" do que ele "em dez anos de gestão" do mesmo.

"Não sei o que ele [Oliveira e Costa] ganhou nem o que fez perder ao Grupo", disse, frisando que na negociação com os accionistas que o convidaram, o que ocorreu "repetidamente, durante meses" antes de aceitar, o que ficou acordado foi que lhe fosse pago o que perdia por deixar de estar ligado a uma outra instituição financeira.

"Não ganhei nem perdi, ou melhor, o que podia perder eles repuseram", afirmou Miguel Cadilhe nas declarações à agência Lusa.
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio